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Como promover a liberdade no Brasil?

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Toda segunda-feira nos reunimos para falar de liberdade. Liberdade econômica, liberdade de expressão, liberdade individual, liberdade essa que nasce com cada ser humano. Leituras e estudos são realizados, constantemente, em busca da compreensão de como fazer valer nossas liberdades e quais são as características e resultados de nações que conseguem se aproximar do que seria o liberalismo. Contudo, diante da teoria, vem a dúvida: como encaixar o liberalismo, e sermos, de fato, livres, na realidade brasileira?

Nas análises clássicas do liberalismo, o Estado não deve intervir em nada que se relacione à economia e todas as relações comerciais deverão ser efetuadas por meio de trocas voluntárias entre quem quer comprar e quem quer vender. Agora digamos que você nasceu no Brasil, cresceu, se desenvolveu e escolheu ser empresário, e nada para você veio do céu, não herdou, nem ganhou, você construiu.

Além de ter construído sua própria empresa, você estudou sobre desenvolvimento humano, e consequentemente desenvolvimento da sociedade, e concluiu que os melhores ambientes do mundo, para evoluir e ser feliz, são ambientes livres, ou melhor dizendo, países livres. Você, então, se diz liberal, compartilha seus valores de liberdade e os defende com unhas e dentes, afinal, são seus valores.

Sua empresa cresce, ganha espaço em um mercado cheio de concorrentes e adquire uma boa parcela dos consumidores; você entende que quem atende melhor à necessidade do cliente, ou até mesmo a antecipa, sai na frente. Mesmo diante de toda luta, para se manter empresário nesse ambiente burocrático e impeditivo ao capitalismo chamado Brasil, você consegue alavancar sua empresa. Porém, novas tecnologias surgiram e você percebe que precisa automatizar seus processos, antes que sua concorrência o faça.

Seus concorrentes, de fato, estão no mesmo barco que você, em busca de investidores para modernização de suas operações. Eis que, então, um verdadeiro “milagre” acontece: o Estado, também chamado “governo brasileiro”, lança um incentivo para compra de tecnologias justamente para o setor que engloba a sua empresa. Todos os seus concorrentes não só aceitam os incentivos, como também recrutam mais investidores, que enxergam agora maior rentabilidade nos negócios.

Diante desse cenário, em que é “olho por olho e dente por dente”, eu te pergunto, empresário: você prefere perder seu patrimônio, sua empresa, para a concorrência, ou pegar o incentivo do Estado e voltar ao páreo? Quero chamar sua atenção ao fato de que somos, aqui, todos liberais, todos queremos um ambiente de negócios, no qual a liberdade individual promova a liberdade econômica. Entretanto, o seu egoísmo racional? Seu individualismo predecessor? Você enxerga mais valor no seu ideal ou naquilo que você construiu?

Nosso sonho é viver em um país, onde são os próprios criadores e compradores quem dita o mercado. A concorrência nunca será desleal, nunca será vitimizada e manipulada; ela será tão cristalina que qualquer um encontrará onde foi que errou, onde pode melhorar e como ter sucesso. Porém, para alcançar esse sonho, é preciso abdicar da sua empresa? É preciso levar a sua ideologia até o último nível? Você daria o sustento da sua família em nome dela?

Em países como o Brasil, onde a forja sempre esteve formada, deve-se começar atuando na causa raiz. As falhas que nos impedem de sermos livres estão concentradas em um mesmo ambiente, o político. Se são eles que impedem nosso sonho de virar realidade, são eles as nossas causas raízes. Se elegermos representantes liberais e íntegros para este país, estaremos mais próximos de alcançarmos nossa liberdade. Muitos insistem que não devemos esperar nada do Estado, que façamos, nós, a mudança que tanto esperamos. Não só acredito na afirmativa, como entendo que a primeira, dessas mudanças, deveria ser a de formar um Estado, o qual ninguém precisará financiar e nem dele depender.

Seria contraproducente lutar por algo do qual você não dá o exemplo? Seria. No entanto, acredite nas palavras de Ayn Rand: “você pode até ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade”, e se essas consequências representam a ruína de sua empresa, como você vai conseguir continuar lutando pela liberdade? Você não terá representatividade e poder de fala, muito menos estará realizado e feliz. Trabalhe dentro da sua realidade, aceite os incentivos e “pegue de volta” aquilo que o Estado lhe tomou, através de taxações sobre o que você produz e sobre quem você emprega, e continue contribuindo com ações que promovam a economia de mercado.

E quanto à visão de quem não é empresário nesse país? Respondo a você que me preocupo com que toda a teoria liberal nunca seja aplicada neste país. Que mais empresários, e demais liberais, morram com seus ideais, antes de vê-los florescer. Por isso, é preciso agir, agora, em meio ao cenário atual, para ser possível construir um futuro diferente. Lutar por um país dos sonhos, no qual a prosperidade individual exploda em diversas outras prosperidades individuais, e no final você possa dizer, com todo orgulho do mundo, que você é um liberal de verdade.

*Artigo publicado originalmente no site do Instituto Líderes do Amanhã por Jéssica Andrade Prata.

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