Judeus, Nova Iorque e o antissemitismo
Antissemitismo em Nova Iorque é quase tão antigo quanto a cidade. O primeiro judeu a residir ali foi o holandês Jacob Barsimson, que trabalhava para a Companhia das Índias Ocidentais e chegou na então Nova Amsterdã em agosto de 1654.
Um mês depois, chegava para se instalar ali também um grupo de 23 judeus fugidos do Brasil, depois que os holandeses perderam o território do atual estado de Pernambuco, reconquistado pelos portugueses.
O governador de Nova Amsterdã, como Nova Iorque se chamava na época, o holandês Peter Stuyvesant, não queria aceitar os judeus. No entanto, como judeus holandeses tinham expressiva participação acionária na Companhia das Índias Ocidentais, esta pressionou o governador, que acabaria aceitando-os. Porém, para obrigar os judeus a irem embora, passou a sobretaxá-los com impostos aviltados.
Parece que a tentativa de tornar a região “jew-free” não deu certo. Em 1880, viviam em Nova Iorque 80.000 judeus. Em 1920, por conta da imigração, a população judaica atingia o número de 1.500.000 pessoas, a maioria fugidos dos pogroms ocorridos na Europa, principalmente na Rússia, na Ucrânia, na Romênia e na Polônia.
Hoje, cerca de 1.300.000 judeus moram em Nova Iorque, metade deles no Brooklyn e o resto nos demais bairros da cidade, principalmente na área de Manhattan conhecida por Upper West Side.
Enfrentar antissemitismo nunca foi um problema insuperável para os judeus. Já superamos perseguições, escravização, confinamento, extermínio, expulsões e guerras promovidas por egípcios, assírios, babilônios, macedônios, romanos, ingleses, espanhóis, russos, alemães, árabes e persas.
Problema mesmo, quem tem, são os antissemitas para superarem seu ressentimento patológico, desenvolvido por insuperável baixa autoestima que desencadeia surtos de inveja e ódio contra quem vem, há mais de 3.000 anos, enfrentando os inimigos da civilização e superando-os com amor pela vida, criatividade, estudo, inovação e sionismo.