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O dinheiro é a origem de todo o mal na sociedade?

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Quer dizer que o dinheiro é a origem de todo o mal que permeia a sociedade?

Em sua obra, Murray Rothbard aborda inicialmente que há muito tempo o homem realizava trocas de produtos para garantir o atendimento de alguma necessidade particular, ou seja, para obter seu benefício próprio – mas não qualquer troca: era uma troca voluntária, livre de qualquer coerção.

As trocas começaram: uma dúzia de galinhas por um saco de milho, madeira por pão, algodão por peixes. Entretanto, era difícil achar uma forma que dividisse essa proporção de maneira adequada. Imagine que eu quisesse vender uma parte do meu boi e o dono das frutas não quisesse adquiri-lo. Como eu satisfaria meu desejo pelas frutas? E se um alfaiate quisesse comprar cerveja, mas o cervejeiro não precisasse dos seus serviços? Como eles todos iriam se beneficiar?

Daí surge a troca indireta. Algo sobre o qual fosse possível realizar a divisão, que fosse quantificável, que nos trouxesse uma forma de gerar uma razão de um produto sobre o outro e que não precisasse mais da coincidência de desejos para que houvesse alguma troca. Algo que fosse um meio de troca eficaz, portanto. Surge então a mais famosa mercadoria do mundo: o dinheiro.

O dinheiro é, portanto, o “sangue” que percorre toda a “anatomia” econômica, desde então até os dias atuais, fazendo-a acontecer, literalmente; mas não acabou aqui.

O livre mercado, depois de alguma evolução, escolhe metais preciosos, como ouro, para ser o seu dinheiro. No mundo, passam a existir armazéns de dinheiro, os bancos, e passamos a ter pessoas que entesouram dinheiro e guardam-no para gastar depois, utilizando-o como reserva de valor. Nessa perspectiva, o preço dos produtos e serviços é a tradução do poder de compra do seu dinheiro.

Desses metais, advém a cunhagem, que também é oriunda de um processo de livre mercado, garantindo por meio da concorrência que as melhores moedas permanecem ativas, as de melhor qualidade, as que de fato representavam dinheiro para um grupo em particular de pessoas.

Rothbard, arrisco-me a imaginar, induz-nos a crer que isso continuaria dessa forma até os dias atuais se o homem não inventasse de se “proteger”.

As dúvidas pairavam no ar:

a) Será que os armazéns de dinheiro vão preservar os meus metais gerando recibos do que eu possuo lá dentro e que quando eu quiser eu posso ir lá tirar?
b) Será que o dinheiro que eu deixei no cofre do tesouro vai valer algo quando eu for gastar?
c) Quem vai me proteger se fraudarem meu dinheiro? Afinal, “alguém precisa fazer alguma coisa”.

Pulando um pouco o contexto histórico para uma realidade mais atual, o Estado passa então a cunhar moedas e as impõe a serem usadas em seus territórios como obrigatórias. Num ambiente livre, irá receber mais aquele que preste um melhor serviço ou faça um produto superior – no nosso caso, que se tenha uma moeda melhor.

Ou você vai me dizer que papel pintado pelo Estado é algo que tem incentivo ou que tem garantia? Seu poder de compra pode ser reduzido por uma simples impressão de mais dinheiro pelo Estado.

O dinheiro é então a origem de todo mal ou o dinheiro é fruto da capacidade humana de pensar, de inovar ou de produzir? Ao retirarem parte do seu dinheiro de forma coercitiva para pagar impostos, você perdeu parte da sua capacidade?

Rothbard nos convida a refletir a todo tempo: afinal, “o que o governo fez com nosso dinheiro?”

*Felipe Fernandes – Associado III do Instituto Líderes do Amanhã

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