A seleção brasileira, na Copa do Mundo, decidiu visitar um dos restaurantes mais famosos do mundo, cujo dono é o personagem que virou meme há uns anos, chamado Salt Bae.

Salt Bae ficou famoso pela forma intrigante à qual temperava suas carnes, mas o chefe também serve uma rara “iguaria” que virou moda entre pessoas ricas, à de servir carnes folheadas à ouro.

E na esteira da curiosidade, os jogadores e o ex-craque da seleção, Ronaldo Fenômeno, decidiram conhecer pessoalmente o famoso chef para provar a iguaria da qual este serve.

O alto valor do restaurante é explicado pela teoria da utilidade marginal: O custo de um produto está baseado no quanto o consumidor está disposto a pagar por aquele produto específico. Teoria esta que tornou a teoria do valor-trabalho ultrapassada, e isso é bem fácil de notar.

Os cortes de carne nada diferem de cortes que achamos em açougues brasileiros, acessíveis a qualquer pessoa, enquanto as folhas de ouro, embora pensa-se que são caríssimas por conta do metal precioso, acabam sendo relativamente “baratas”, não chegando a custar mais que 100 dólares por 100 folhas (lembre-se que o ouro se cobra por kg).

No geral, a carne não chegaria a custar o que custou, mas alguns filés chegam a custar 9 mil dólares no restaurante de Salt Bae, e isso se dá pela disposição dos clientes em pagar pelo serviço.

Claro que o restaurante nada tem de acessível a qualquer um de nós, Salt Bae busca usar de sua fama justamente para atrair milionários, que vão a seus restaurantes e, principalmente, fazem questão de ir a seu restaurante quando este faz turnês.

Afinal, estes estão muito mais dispostos a pagar pela experiência de seu restaurante do que propriamente pela carne em si. E em um país cuja renda per capita é altíssima, Salt Bae não poderia ter escolhido um lugar melhor.

Afinal, o custo da carne folheada a ouro é explicado pela mesma regra à qual cartas do jogo Magic são vendidas a 800 reais e o motivo de cartas legends do álbum da Copa serem vendidas a quase 10 mil reais, o valor é o quanto o comprador está disposto a pagar.

* Artigo publicado originalmente na página Liberalismo Brazuca no Facebook.