A liberdade, as boas e as más ideias
A humanidade deve sua evolução exatamente àqueles indivíduos ousados, estranhos, que, por terem defendido suas ideias inéditas, inovadoras, revolucionárias, na filosofia, na ciência, no direito, foram cancelados e banidos da sociedade por proporem o desconforto da mudança de mentalidade, de visão do mundo, de forma de pensar, uma ética impensada, muitas vezes perdendo a própria vida.
Muitos dos cancelamentos e banimentos desse tipo se deram pelo anacronismo entre as mentes brilhantes, visionárias e indomáveis e as mentes opacas, dogmáticas e reacionárias.
Uma coisa é cancelar e banir indivíduos pela força de suas ideias, porque num primeiro instante a turba e os que a lideram não as compreenderam nem na forma, nem no conteúdo.
Outra coisa é se ver livre de gente cuja ideia se resume a iniciar o uso da força, porque não conseguem convencer, nem convencer-se, através do uso da própria mente.
Boas ideias têm ao longo dos anos de história vencido e superado más ideias. Ideias compatíveis com a vida do ser humano, com a liberdade do indivíduo, que produzem valor objetivo, acabam prevalecendo e durando por sua virtuosidade e praticabilidade.
Más ideias não. Essas levam ao colapso e acabam sendo descartas quando algum desses candidatos ao cancelamento e ao banimento conseguem abrir os olhos e as mentes das gerações que o sucedem.