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A (falta) de tolerância da esquerda

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lêninAcuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é!”- Vladimir Lenin

 

Muitas vezes, os nossos amigos socialistas acusam todos que estão no espectro político à direita (liberais, conservadores, libertários e anarcocapitalistas) de serem intolerantes. Isso envolve desde acusações de racismo a acusações de homofobia; acusações de não quererem os pobres com melhores condições de vida a acusações de golpismo.  Entretanto, a história mostrou sempre o contrário: que foram governos socialistas e pessoas com ideário de esquerda que cometeram os maiores atos de intolerância, como o nazismo alemão, o fascismo italiano, o Holodomor na Ucrânia, o genocídio armênio e os fuzilamentos de gays em Cuba. São algumas amostras de intolerância socialista marcadas no tempo.

Essa semana, dois casos de intolerância socialista vieram a acontecer no nosso país. O primeiro caso veio dos artigos dos jornalistas Juca Kfouri e Marcelo Rubens Paiva criticando a atitude do atacante brasileiro Neymar, do Barcelona-ESP, que comemorou a vitória sobre a Juventus-ITA na final da Liga dos Campeões da Europa com uma faixa na cabeça com os dizeres de “100% Jesus”. Paiva e Kfouri argumentaram que a fé do jogador deveria ser deixada em sua intimidade e que o atleta era admirado por membros de diversas religiões e estava sendo preconceituoso com estas. Quem disse que fé religiosa é uma intimidade, Juca Kfouri e Marcelo Rubens Paiva? E quem disse que não se pode manifestá-la em público, se até o próprio clube espanhol permite a seus jogadores que exponham a sua fé? Pelo contrário, os princípios da liberdade religiosa e da tolerância dão direito a expressar sua fé da forma que quiser. Muitos jogadores muçulmanos, como o meio-campo alemão Mesut Özil, do Arsenal-ING, o atacante egípcio Mohammed Salah, da Fiorentina-ITA e o atacante francês Karim Benzema, do Real Madrid-ESP, comemoram seus gols com orações a Alá. E nunca foram recriminados por expressarem a sua fé. Por que tem que acontecer logo com um atleta cristão? Se talvez Neymar utilizasse uma faixa “100% Dilma”, os dois jornalistas teriam um clímax e comemorariam tal fato como final de copa do mundo.

Outro caso de intolerância aconteceu na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O pró-reitor substituto da instituição, o professor doutor José Fernando Schlosser, atendendo a um pedido de representantes do Diretório Central dos Estudantes da instituição, sindicalistas e do Comitê Santamariense de solidariedade ao povo palestino, pede para que os chefes de departamentos realizem uma identificação de professores e alunos que professem a fé judia ou que tenham nacionalidade israelense dentro da instituição. E o que se viu foram poucas atitudes tomadas, levantadas pelos jornalistas Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino, que realizaram a denúncia em seus blogs e que veio a parar na mão do professor da instituição Luís Milmann, que protocolou uma notícia-crime contra Schlosser no Ministério Público Federal e denunciou a prática discriminatória à Polícia Federal, à embaixada israelense no Brasil, à reitoria da UFSM, ao ministério da educação, à presidência da república, à Federação Israelita do Rio Grande do Sul e ao Movimento Justiça e Direitos Humanos. O que os sindicalistas, o DCE e os integrantes do comitê querem com os israelenses e alunos judeus no curso? Vão obrigar agora todos os judeus a usarem uma estrela amarela e uma roupa listrada no campus para serem facilmente “identificados”, como nos tempos sanguinários do nazismo?

O que aconteceria se o mesmo fosse feito com negros, gays e mulheres? Imagina a reação da turma dos direitos humanos? Apareceriam Jean Wyllys, Jandira Feghali, Manuela D’Ávila, Marcelo Freixo, Luciana Genro, Maria do Rosário e até a presidente Dilma Rousseff lançando notas de repúdio e conclamando mídia, militância e sociedade civil contra a atitude.

Realmente, o respeito e a tolerância não são a maior virtude dos nossos amigos de esquerda. Já vimos muitos casos no Brasil e no mundo, como na campanha para a eleição de deputado federal, no candidato Cyro Garcia, do PSTU, que tinha como proposta o fim do Estado de Israel. Ou então em caso internacional, onde o ditador venezuelano Nicolás Maduro prende, mata e tortura opositores por apenas discordarem do governo.

John Locke, em seu texto “Carta sobre a tolerância” alerta sobre a questão do respeito às opções pessoais. Locke fala que a falta de tolerância é imoral, pois as escolhas do individuo dizem respeito apenas ao bem de cada um e devem ser deixadas à sua escolha, que é inútil, porque a força age apenas como ação e não como convicção e que é ilegítima, porque só se pode utilizar a força caso a atitude tomada cause dano a outrem ou causem danos quase que irreversíveis na sociedade, pondo em risco a sociedade civil.

Temos um grande problema. Somos injustamente acusados de intolerância, quando somos nós os defensores do respeito e da tolerância. Cada vez mais a frase dita pelo bolchevique russo Vladmir Lenin, citada no início do texto, tem cada vez mais serventia, atualidade e serve para explicar tal fato. Acusando os inimigos das coisas que são e de suas atitudes.

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Jefferson Viana

Jefferson Viana

Jefferson Viana é estudante de História da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, coordenador local da rede Estudantes Pela Liberdade, presidente da juventude do Partido Social Cristão na cidade de Niterói-RJ e membro-fundador do Movimento Universidade Livre.

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