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O (proposital) duplo padrão de julgamento das atuais feministas

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FeminismoBurro

Cassiano Tirapani*

Uma amiga feminista está indignada porque sua colega não pode usar uma blusinha nova e sensual que comprou, porque seu marido não achou apropriado que sua mulher use uma roupa escandalosa. Isso já foi motivo para levantar o furor e indignação contra o “macho moralista” que a “impede” de usar uma roupa sensual. A mulher que decidiu por si mesma: meu marido não gostou, não vou usar.

Mas mesmo assim, ela não tem o direito de ajudar o machismo a crescer, não é? Se eu fosse o marido dela, eu pessoalmente a incentivaria a comprar outra blusinha ainda mais curta, mais solta, e mais provocante. Quem sabe com um zíper na frente, ou com transparências insinuantes. E por que eu faria isso? Por que sou politizado e engajado na luta contra algum monstrinho imaginário? Nem pensar. Eu faria isso porque sou um tremendo machista desgraçado que trato a mulher como se fosse um “troféu” a se exibir na competição com outros machos. Pelo menos é isso que elas vão dizer.

A regra é clara: seja lá o que o homem pense, diga ou faça, deve conter algum tipo de opressão latente. Nós homens estamos definitivamente perdidos porque nascemos com a maldição do cromossomo Y, o cromossomo “defeituoso”. Somos um tipo sub-humano para as radfem barbudas.

Por isso oprimimos, matamos, estupramos, e fazemos tudo de ruim, e depois inventamos deuses pra pacificar e subjugar a mulher, para que ela continue nessa condição sem poder se libertar. Por isso, tudo o que o homem faz, diz, ou pensa, é opressor. Sempre será opressão se estiver ligado de alguma forma com o prazer masculino. Sempre que agradar o homem de alguma forma, é machismo. O mal está no prazer, na satisfação do outro. Vestir-se como dama é uma forma nojenta e asquerosa de imposição social machista, mas vestir-se como devassa também é!

Só é permitido se for para o avanço do movimento político, para colocar o patriarcado abaixo, e para a satisfação individual da mulher “enquanto ser humano”. Claro que usar batom, salto alto e decote é uma forma totalmente pessoal de realização, certo? Não tem nada a ver com os olhares dos outros, de desejo ou de inveja. Imagina!

Nem pensar isso deve servir como desculpa para sustentar a instituição opressora do amor monogâmico. Por isso que eu digo sempre que no fundo o feminismo é uma forma pós-moderna de “fundamentalismo religioso”.

*Gestor Cultural e Especialista do Instituto Liberal

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7 comentários em “O (proposital) duplo padrão de julgamento das atuais feministas

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    22/06/2014 em 7:58 pm
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    amigo, o marido no primeiro exemplo está sendo machista por tentar impor o que ele acha adequado para a sua esposa. no segundo exemplo (estimular a esposa a usar decotes), o marido estaria sendo machista por exatamente o mesmo motivo. não vejo duplo padrão de julgamento aí.

    o duplo padrão de julgamento só aparece quando alguém se propõe a encontrá-lo para deslegitimar o feminismo. vc consultou alguma feminista sobre o segundo exemplo? com que autoridade no assunto vc adivinha o que uma feminista diria sobre esse caso? então… talvez seja melhor deixar as feministas falarem por elas ao invés de sair gritando aos 4 ventos que elas não tem coerência em seus julgamentos

    • Roberto Barricelli
      23/06/2014 em 1:33 am
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      Dar opinião é tentar impor, desde que essa opinião seja dada pelo marido né? Ora, então se a mulher der uma opinião sobre como ela acha que o marido deve se portar, sendo ele livre para escolher aceitar a opinião ou não, ela é uma feminista? Se a resposta for “sim”, então você pelo menos mantém a honestidade intelectual e mostra que só tem uma visão distorcida do que é “imposição” e “livre escolha”. Se disser “não”, então mostra que utilizou duplo padrão no seu próprio julgamento.

      Ou seja, o duplo padrão só acontece quando a situação é aquela que você concorda, porque se for a que você discorda, não há? Bacana, você acabou de usar um duplo padrão!

      Com que autoridade? Vejamos, leitura, mídia, declarações… Faz o seguinte, para facilitar para ti, “joga no google”. Engraçado que você acabou de dizer justamente o que o autor disse que diriam, claro, que não sei se você é feminista, mas isso já não mostra por si mesmo a assertividade do texto? Depois diz que não há incoerência…

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      24/06/2014 em 10:43 am
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      moça.. voce é um otimo exemplo para o texto!
      kkkkkkkkkkkkkkkk

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    13/06/2014 em 3:15 pm
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    O segundo parágrafo resume perfeitamente bem o que é feminismo, a necessidade acusar mesmo sem saber o porque de estar fazendo isso. O importante é se fazer de vítima e não assumir as responsabilidades.
    É muito mais fácil pra mulher dizer que perdeu aquela vaga de emprego que era perfeita pra ela porque a sociedade é machista, ao invés de aceitar que o homem que “tomou” a sua vaga tinha mais competência. Feminismo é a ideologia da arrogância.
    E esse velho papo da violência contra a mulher é pura balela. Sabe-se muito bem que o número de homicídios, latrocínios, assaltos acontecem com bem mais frequência com os homens. A violência está aí pra todos e a culpa disso é que não escolhemos governantes que garantissem a nossa segurança. Podemos reclamar? Não. Entra ano, sai ano, votamos sempre nos mesmos.

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      24/06/2014 em 10:46 am
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      moça,me manda uma foto sua que eu vou fazer uma camiseta, virei fan!
      sem sarcasmo

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    13/06/2014 em 9:31 am
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    Tudo que qualquer homem fizer vai ser machista certo? Ou seja, o machismo não passa de uma “coisa” inventada pelas feministas, elas não devem ter o que fazer. Aposto que a casa esta sem limpar, não é mesmo?

    – De 1997 a 2007 foram mortas no Brasil dez mulheres por dia pela violência domestica (praticada quase sempre por seus ex e/ou atuais companheiros).
    – Ainda existe um abismo salarial entre homens e mulheres. Mesmo nos mesmo cargos ou em cargos maiores, as mulheres ganham muito menos.

    Peço que assista esse vídeo, será mesmo que o machismo é mentira? https://www.youtube.com/watch?v=bHJqNpJ8xAQ

    • Roberto Barricelli
      13/06/2014 em 1:03 pm
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      Que tal falarmos de 2007 até 2014 e percebermos que o número diminuiu, enquanto o de homens assassinados pelas companheiras aumentou? Ou pesquisar para descobrir que dos 55 mil homicídios ocorridos em 2013, mais de 70% foi contra homens? Se for para cuspir estatística, é o que mais há.

      O “abismo salarial”, que não é tão grande como dizem, ocorre por dois motivos simples de verificar e muito difíceis de resolver:

      1 – Olha-se apenas para o salário, mas poucos se atentam ao custo da mulher para os empregadores em relação aos homens. Uma mulher tem mais proteção trabalhista que o homem e devido a essa regulamentação maior, possui um custo maior, o que afeta a oferta salarial. Imagine que uma vaga o salário é de R$1500 para um homem e de R$1.000 para uma mulher, contudo, ao verificar o custo com encargos sociais e outras regulamentações, verifica-se aproximadamente um custo de até R$3.200 para o homem e R$4.000 para a mulher, isso sem contar custos “indiretos” como estruturas específicas, equipamentos específicos (dependendo da atividade, etc).

      2 – O risco de se contratar uma mulher é maior, pois as mulheres que engravidam, não os homens. O “direito” a licença maternidade (que está também no item 1) além de gerar um custo maior ao empregador, gera o risco deste ter que captar, contratar e treinar outra pessoa para desenvolver a função da funcionária que estiver de licença, enquanto paga o salário desta. Mesmo havendo depois abatimento no INSS, o investimento imediato necessário e os entraves burocráticos que quando se trata de micro, pequenos e até de médios empreendedores, fazem os mesmos muitas vezes desistirem desse abatimento, pois o custo para superar a burocracia não compensaria. É mais prejuízo que deve absorver.

      Tudo isso esta no cálculo de custo e risco da homens e mulheres, o que gera diferença razoável de salários.

      Por fim, quem costuma definir salários, ou ao menos ter a palavra final no valor de remunerações, dentro do orçamento disponível para contratações e a necessidade da mão de obra dentro de determinados perfis, são os profissionais responsáveis pelo setor de Recursos Humanos (nem mesmo contabilidade, ou diretoria, a não ser em casos muito específicos). Mesmo quando a diretoria, ou contabilidade que decide, a palavra final que diferencia o salário entre homens e mulheres, acaba partindo do RH.

      Agora, se pesquisar os profissionais do RH, principalmente aqueles que ocupam cargos de gerência e diretoria no setor, descobrirá que são majoritariamente mulheres. Mulheres machistas? Não, profissionais que compreendem a realidade trabalhista brasileira.

      P.S.: Nos países onde os indivíduos desfrutam de ampla liberdade contratual, a diferença de salários é mínima e muitas vezes as mulheres chegam a ganhar mais que os homens pela mesma função, por motivos como maior qualificação, mais experiência, etc, que nesses países compensam quaisquer riscos de perdas geradas pela gravidez das profissionais (mesmo porque não há licença maternidade, mas, no máximo, um acordo contratual entre as partes que fica bom pros dois, posto que ambos o aceitaram) e não há encargos sociais elevados, nem enrijecimento trabalhista como no Brasil, que chegam a ser responsáveis por 101,18% do custo do funcionário, limitando a geração de empregos e sufocando a oferta salarial.

      Verifique o Index of Economic Freedom, da Heritage Foundation, pegue os 5 primeiros países e faça tais pesquisas, depois compare com os dados brasileiros, que você encontra em consultorias como Bloomberg, JP Morgan e até pelo Google e em sites brasileiros e institutos como IPEA e IBGE (apesar da perda de credibilidade de ambos nos últimos anos, tais dados continuam estáveis).

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