A tragédia e as narrativas falsas
Há uma narrativa, subjacente a cada notícia sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, de que tudo isso que está acontecendo é resultado das mudanças climáticas e daqueles que não seguem à risca o receituário dos ambientalistas para a redução das emissões de carbono. Esta é uma narrativa falsa e oportunista, que pretende politizar a tragédia para fazer avançar algumas agendas ideológicas.
O primeiro dado omitido pelos divulgadores desta narrativa é que o atual evento no Rio Grande do Sul foi o primeiro a superar as enchentes de 1941, quando ainda não havia aquecimento global ou “excesso” de CO2 na atmosfera.
A segunda omissão é que, ainda que nós admitamos que as intempéries naturais atuais seriam consequência do aquecimento global provocado pela ação humana, o Brasil é responsável por apenas uma parte residual das emissões mundiais de CO2, estando muito longe de poder ser considerado um “vilão do clima” (veja gráfico) por ação ou omissão de quem quer que seja.
Portanto, a mídia e os políticos em geral fariam um grande favor ao país se se mantivessem focados nas ações de mitigação de danos, na ajuda humanitária e no resgate do maior número de vítimas possível em vez de ajudar os oportunistas de plantão a fazer avançarem suas agendas político-ideológicas fajutas.