Há saída para os brasileiros liberais?
ANDRÉ DIAS *
Os mais pessimistas dirão que a única é o aeroporto. E não estarão de todo errados.
Ao analisarmos as eleições que se aproximam, os prognósticos são os piores possíveis: de um lado, as várias vertentes da esquerda, que, mesmo quando se enfrentam, advogam em causa própria, e acabam por monopolizar o debate político; de outro, teocratas que querem legislar e administrar norteados pelos dogmas em que acreditam; por fim, os velhos rostos que pouquíssimo fizeram com as cadeiras cativas que sempre ostentaram no Congresso, e que, totalmente desprovidos de ideologia, são capazes de vender-se a qualquer ideia dominante, seja ela marxista ou teocrata.
As perspectivas pioram, ao analisarmos que a grande maioria dos formadores de opinião tem orientação esquerdista, isso quando estes não dependem de subsídios ou incentivos da “máquina”.
Esse é o momento de reverter tal panorama. É o momento de os legítimos liberais lançarem mão das ferramentas que ainda estão disponíveis, enquanto não somos “venezuelizados”: disseminação de informação, através da formação do conhecimento, e disseminação de ideias, através da presença em novos e tradicionais veículos de mídia.
Só assim poderemos ampliar nossa “fatia” nesse mercado e ter uma voz politicamente mais representativa. Como liberal, apesar do pessimismo, recuso-me a ceder à vitimização. Afinal de contas, de mercado e de iniciativa, nós entendemos muito mais.
* ADMINISTRADOR DE EMPRESAS