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Gosta de preços baixos? Então defenda a deflação de preços!

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Mateus Maciel*

deflacaoMuitos governantes lutam contra ela. Os comentaristas econômicos afirmam que ela é prejudicial à economia de um país. A mídia diz que é necessário acabar com ela. Por mais que muitos vejam a deflação de preços como algo ruim, tal fenômeno pode auxiliar inúmeros consumidores, fazendo com que o poder de compra destes aumente.

Antes de seguirmos é necessário fazer uma distinção entre deflação e deflação de preços. A primeira ocorre quando há uma redução da quantidade de moeda na economia, enquanto a segunda pode ocorrer em decorrência da primeira, após uma recessão ou até mesmo devido à queda da demanda dos consumidores por um determinado produto.

Já a inflação ocorre quando há um aumento da quantidade de dinheiro na economia, enquanto que a inflação de preços ocorre por conta da primeira e até mesmo devido ao aumento da demanda por um determinado produto, ou por causa de uma redução da oferta do mesmo. Agora que sabemos a definição de cada termo, podemos continuar.

Pergunte a qualquer pessoa que esteja transitando em um shopping se ela gosta de preços em queda ou em ascensão. Se o entrevistado não for o dono de um estabelecimento local ele provavelmente irá dizer que prefere a primeira opção. Então, por que os governantes insistem em combater a deflação de preços?

Quem controla a quantidade de moeda na economia é o Banco Central (um órgão do Estado). Muitas vezes, quando o governo necessita de dinheiro para custear seus gastos (com programas sociais, obras e etc.),este pede para que o BC imprima dinheiro. Da mesma forma que, quando o governo quer aumentar a atividade econômica, este pede para que o BC reduza as taxas de juros. Isso torna o crédito mais barato e faz com que os bancos comerciais inundem a economia com dinheiro criado do nada.

O efeito dessas políticas é o aumento da inflação que acaba por gerar uma inflação de preços. Os consumidores são os mais afetados, principalmente os mais pobres, uma vez que o dinheiro destes passa a perder valor. Logo, quando o governo estipula as famosas “metas de inflação” lembre-se de que, por mais que a meta seja 1% ao ano, ele está desvalorizando o seu poder de compra em prol dos interesses de alguns burocratas.

Se o Banco Central mantivesse a oferta de moeda em um nível constante, viveríamos uma deflação de preços. Isso porque, devido ao crescente progresso técnico do sistema capitalista (que visa a maximização do lucro e a redução dos custos), há uma tendência natural de queda de preços. Podemos ver isso no setor tecnológico, intensivo em aperfeiçoamento técnico. Lembra quanto custava um celular em 1994? Hoje qualquer um pode ter acesso a esse aparelho!

A deflação de preços, portanto, não deve ser temida e muito menos combatida. Os bancos centrais deveriam manter a oferta de moeda mais ou menos constante para que o poder de compra da população aumentasse com o passar dos anos e não o contrário. É claro que tal fato dificilmente irá ocorrer, uma vez que os governos veem na inflação uma fonte de receita considerável. É o chamado “imposto inflacionário”, que empobrece a população em prol dos interesses do Estado.

Referências:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1011

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=190

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=583

https://www.youtube.com/watch?v=xyYDAy89C5A

Introdução à Economia – Princípios de Micro e Macroeconomia, editora CAMPUS.

*Estudante da Faculdade de Ciências Econômicas da Uerj e especialista do Instituto Liberal (RJ).

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