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A Contrarrevolução não virá?

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brasilcrisepor LUCAS MUZITANO*

A revolução cultural já aconteceu há tempos, mas a contrarrevolução está longe de se concretizar. Vindas dos incontáveis anos de doutrinação das escolas e universidades brasileiras desde os primeiros momentos de guerra fria, as ideologias de esquerda parecem dominar o ambiente acadêmico nacional, justamente aquele que construiria a intelectualidade que guiaria a população rumo à prosperidade. Sem dúvidas, o progressismo já domina a maioria da América Latina, se adaptando com direito a hipocrisias sem fim à realidade altamente mutável, e parece não querer recuar até mesmo num ambiente de recessão ou crise econômica ocasionada por seus maiores ídolos.

O Ministério da Cultura se tornou uma ferramenta política, para os artistas uma ótima máquina de gerar dinheiro sem mérito. A Lei Rouanet conseguiu a adesão dos artistas mais famosos e até bem conceituados do Brasil. Os mais bem aventurados até vão contra a inevitável onda de impopularidade da Presidente Dilma Rousseff em 2015 ao afirmarem que a desigualdade sofreu um ataque vanglorioso. Pois bem, poucas são as personalidades de oposição que possuem tanta credibilidade a fim de desmentir tais pessoas, por isso a contrarrevolução não vem, falta a liderança merecedora de tantos indignados.

Enquanto não há força do liberalismo nas universidades, também não há emprego para tantos jovens, já que a taxa chegou a 16% em junho de 2015. Logo, recorrem como tantos outros a carreiras públicas, bem como os investidores alheios ao tesouro direto. Aliás, o Estado é o protetor dos oprimidos que só se preocupam como a renda conservadora, aquele que se responsabiliza inteiramente pelo seu sucesso e saqueia dos outros para que você possa se endividar de tanto consumir. Políticos e seus seguidores se preocupam tanto em colocar todos no mesmo patamar que falta muita mão de obra especializada; isso se a produção interna cresce tanto quanto os países vizinhos.

A hora do reajuste chegou e os economistas mais renomados estão se irritando. De nada adianta aumentar progressivamente a SELIC se não existem estímulos à produção crescente e competitiva ou ao investimento, fatores que impulsionariam o sonhado crescimento econômico. Quem fez o dever de casa macroeconômico e acompanha as medidas petistas não se impressiona, mas quem não entende o panorama apenas presencia a corrosão do seu já pequeno salário. As conspirações contra a falida ou extinta direita voltaram a vigorar; só não falam do imperialismo americano porque o casamento gay foi aprovado em todos os Estados há pouco.

A paciência dos empresários acabou e quem pode já está partindo para o exterior com o aval da própria Presidente, já que a mesma pediu facilidades de ingresso ao Obama na semana passada – até porque ir para a Venezuela nem Senador de oposição pode. É fácil perceber que os estímulos ao crédito barato já não funcionam mais, até os chineses estão prevendo o perigo de perder dinheiro aqui. Sem empreendedorismo, sem avanços sociais, hoje a população brasileira é nivelada por baixo, ou seja, pela pobreza, e poucos não se fazem de vítimas – como se não votassem ou tivessem defendido nenhum corrupto, ou pior, bandido da lava jato.

No Brasil, a maioria tenta ensinar o que não sabe, abrindo raras exceções para ouvir pessoas que compartilham de seus ideais. Em pouco tempo, essa galera se torna massa de manobra porque repete ou o que está errado ou o que está desatualizado, sempre numa intensidade ofensiva e orgulhosa que refuta a ideia de que o povo brasileiro é humilde. Dito isso, repito o que disse outrora: é tanta ignorância que o brasileiro está ingênuo. Assim vivemos numa real crise de valores, e só quem é sensato e muito paciente consegue se sobressair e aprender, e depois sair do país.

*Lucas Muzitano é carioca, estudante de Administração de Empresas e dono do Blog d’ Muzi. Nascido em 1994, possui preferência política de Centro-direita liberal e já trabalhou em cinco empresas líderes de mercado a fim de sempre se aprimorar profissionalmente. Empenhado em compreender a sociedade contemporânea, busca descobrir a índole de cada fenômeno socioeconômico e político.

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