Vendas no Dia das Crianças têm pior resultado em seis anos
As expectativas pessimistas se confirmaram e o comércio varejista registrou o pior resultado dos últimos seis anos para o Dia das Crianças. De acordo com os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as consultas para vendas a prazo caíram 8,95% na semana do Dia das Crianças, entre os dias 5 e 11 de outubro, em relação ao mesmo período do ano passado.
Em 2014, o volume de vendas já havia registrado uma queda de 1,50%, mas em anosanteriores, os resultados foram positivos: crescimentos de 3,15% (2013), 4,83% (2012), 5,91% (2011) e 8,5% (2010). Com o resultado de 2015, o recuo acumulado nos últimos dois anos já chega a 10,32%. O Dia das Crianças é a última data comemorativa antes do Natal, e funciona como uma tendência para as vendas do final de ano.
Não está fácil para ninguém. A crise econômica é grave, e está longe do fim. Como escrevi aqui ontem em homenagem ao Dia das Crianças, o PT usurpou o futuro de nossos filhos, e essa crise, a moral, é a mais grave de todas. Mas nem por isso vamos deixar de lamentar, com indignação, a crise econômica que usurpa o presente de nossas crianças, em duplo sentido.
Elas terão de se contentar com um brinquedinho bem mais humilde, pois a vida está difícil para quase todo mundo. Se Papai Noel aparecer neste Natal, ainda que mais magro, com um saco murcho, não reclame, pois já está de bom tamanho. Agradeça ao PT e sua “nova matriz macroeconômica” por tudo isso…
Rodrigo Constantino
Vou fazer uma continha de botequim…
Loja em Shopping especializada na venda de vestuário feminino.
1. Aluguel-Condomínio: R$ 25.000,00 (preço um tanto que defasado);
2. Folha (4 funcionárias): R$ 8.000,00 (aproximado por baixo sem contar com comissão de vendas);
3. Despesas provenientes de manutenção de estoque e outras despesas acessórias: R$ 15.000,00;
Total sem contar com eventualidades (reclamações trabalhistas, despesas extras do estabelecimento, custos inerentes à loja, etc.): R$ 48.000,00 somente em gastos no mês (por baixo, diga-se de passagem!).
Me pergunto: será que alguma loja (que não é âncora) consegue vender tanto assim e pagar suas despesas no fim do mês? Não acho possível, a não ser que seja lavagem de dinheiro ou algum artigo realmente especial (difícil!)… por isso que este tipo de comércio fecha as portas com menos de dois anos (isso naquela época, antes da economia ter descarrilhado), daí o empresário fica endividado até o sapato e tem o patrimônio confiscado pela Justiça do Trabalho no fim do martírio.
Sabes qual é o futuro do comércio no Brasil? A informalidade, pois quando os Estados não tiverem mais caixa para honrar a folha dos servidores (a exemplo do parcelamento que está ocorrendo no RS), a solução é deixar de pagar impostos e emitir NF.