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Somos dominados pelos valores de mercado?

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mercantilismo

Comentando o livro de Michael Sandel na coluna passada, mencionei uma opinião dele que é bastante comum: a ideia de que os tempos atuais são muito mais mercantilizados – dominados pelos valores de mercado – do que épocas passadas. Âmbitos outrora sagrados foram sujeitados ao poder do dinheiro, que se tornou o único critério de valor social. Compramos e vendemos coisas que nossos antepassados julgariam indigno tratar como objetos.

Será?

Um exemplo em particular me suscitou a dúvida. Sandel lamenta que nos dias de hoje a lógica da fila (quem chegar primeiro leva) tem sido violada em favor da lógica do mercado (quem pagar mais leva). Há gente que paga para garantir um lugar melhor na fila, e gente que recebe esse dinheiro para chegar cedinho e reservar um bom lugar.

Acontece, no entanto, que esse comportamento não é novidade, e nem tem nenhuma relação com o “capitalismo” (o que quer que isso seja) ou com o avanço do mercado e do comércio. Exemplos vêm de perto e de longe. Sei por relato pessoal que, para se garantir um lugar em voo comercial na Nigéria nos anos 70, era preciso, depois de comprar a passagem, ficar numa fila para chegar antes ao assentos, pois não tinha para todos. Não por acaso, havia “fileiros” profissionais que corriam na frente quando as portas do avião abriam para garantir o lugar de passageiros dispostos a contratá-los. Será que a África estava na vanguarda de “valores de mercado” que só chegaram aos EUA nos anos 90?

Outro exemplo. Na Europa de séculos passados, assistir a um pregador de talento era um programa requisitado, e como as igrejas tinham assentos limitados e gratuitos, faltava lugar para sentar. Sendo assim, os pobres locais sentavam-se horas antes da pregação para reservar um lugar aos fieis mais ricos, muitas vezes sob encomenda. Era prática tão comum que aparecia sem maiores comentários em romances como A Cartuxa de Parma, de Stendhal.

Até na Roma antiga vemos o mecanismo de mercado “expulsando” critérios de fila e racionamento. Vales-comida distribuídos pelo governo da cidade para ajudar os pobres eram comercializados; assim como ocorre hoje em dia. Não é de hoje, portanto, que os homens substituem mecanismos de alocação ineficientes pela praticidade do mercado. Onde quer que haja fila institucionalizada, ali provavelmente se encontrará a violação dela via preço. Essa dinâmica ocorreu de forma ainda mais generalizada nos países que erigiram a lógica da fila em modo de vida: o mundo socialista no século 20.

Isso é só um exemplo, que aponta a uma tendência geral: a de projetar no passado (para elevá-lo ou rebaixá-lo) nossas expectativas de como ele contrasta com o presente.

Não vou defender o oposto de Sandel: não me comprometo com a tese de que somos menos mercantis que nossos ancestrais. Quero apenas mostrar que a ideia de um passado obviamente menos mercantil é frágil. Em muitos casos, nossos antepassados na Antiguidade, na Idade Média ou na Era Moderna eram tão mercantis como nós; em outros, eram ainda mais. Sim, homens de outras eras, muitas vezes bastante religiosos, eram também dotados de um pragmatismo calculista capaz de chocar a sensibilidade contemporânea.

Darei algumas pinceladas, reunirei alguns fatos históricos, para indicar uma realidade diferente da que imaginamos. Mostrar como o dinheiro, o mercado e os valores de mercado estavam presentes nas artes, nos relacionamentos, na espiritualidade e invadiam mesmo a própria natureza humana; que publicidade, ganância, cobiça e desejo de lucro sempre existiram. Os exemplos a seguir carregam muito dos meus interesses e leituras; outros poderiam, sem dúvida, dar exemplos completamente diferentes. Tomem isso como sementes de uma tese maior, a qual não tenho, todavia, nenhuma pretensão de escrever.

 

Arte

Se há um âmbito da criação humana que deveria estar acima de considerações materiais – especialmente monetárias – é a arte. O artista deve ser totalmente livre para criar sem pressões externas; expressar sua individualidade. Fazê-lo por dinheiro é um rebaixamento, um jeito de se vender, e o produto disso não passa, quando muito, de entretenimento. Se pensamos assim é porque somos herdeiros do Romantismo, que consagrou essa ideia do artista como um criador solitário e puro, para quem se misturar às realidades mundanas é um sacrilégio.

Na maior parte de nossa história o artista era muitas vezes um homem de negócios. E sua arte – e grande arte! – respondia abertamente a incentivos monetários. Um artista da Renascença podia ser ao mesmo tempo empresário, vendedor e produtor de obras-primas. Os pintores renascentistas, libertos do sistema de guildas, negociavam autonomamente seus contratos. Faziam encomendas, buscavam os mecenas mais vantajosos, negociavam preços, buscavam inovações pictóricas e tecnológicas, tocavam suas escolas e competiam entre si. As buscas pelo sustento diário e pela fama imortal corriam lado a lado, e não consta que isso tenha sido ruim.

O mesmo valia para a literatura e para a música. Shakespeare foi, além de dramaturgo e ator, empreendedor: fundou com sua companhia o Globe Theatre, que ao que tudo indica foi muito bem-sucedido, tornando-o um dos homens mais ricos de Stratford. Ele também fazia peças sob encomenda e trabalhou sob diversos patronos.

Ao lado das encomendas, o mecenato (que podia ser privado, eclesiástico ou estatal) era a opção preferencial dos artistas, sempre prontos a mudar de domicílio se uma oferta melhor aparecesse. Às vezes, contudo, tentavam emplacar sucessos populares que se pagassem pela venda de ingressos ao grande público. Foi o caso de produtores de “entretenimento barato” como Shakespeare e Mozart.

Obras imortais como a Mona Lisa e a Última Ceia de Leonardo da Vinci, ou o teto da Capela Sistina de Michelangelo foram feitas nesse contexto em que comércio e dinheiro regiam o mundo da arte. Sem essa rede de consumidores e patronos, e sem a livre negociação e competição entre artistas, essa e outras obras-primas jamais teriam sido produzidas.

A bem da verdade, mesmo hoje em dia a arte é produzida e negociada num mercado bastante livre. O que mudou foram os valores. Arte que vende, que faz sucesso de público, é mal vista pela elite fechada do circuito de galerias e concertos. E o artista não raro clama para si o direito de ser financiado pelo Estado (que não responde mais ao senso estético de um soberano ou ministro, e sim a critérios burocráticos e imparciais) para que possa se dedicar com mais liberdade à sua vocação.

 

Religião

No campo da religião, somos também menos comerciais do que foram nossos antepassados. Praticamos uma espiritualidade do perdão fácil e da aceitação irrestrita. Por muito tempo, contudo, a relação do homem com Deus (ou deuses) era pautada pela troca. O homem oferece a Deus seus sacrifícios, e recebe em troca a comunhão espiritual. Era assim no judaísmo antigo; Javé exigia sacrifícios de animais, relação de troca que criava a necessidade de trocas no plano terrestre. No Templo de Jerusalém, centro do judaísmo mundial antes de sua destruição em 70 DC, havia um amplo mercado de animais para sacrifício, e cambistas que trocavam moedas estrangeiras para os visitantes. A mesma relação de comércio com Deus(es), de sacrifícios ou de trabalhos para propiciá-lo(s), vigora em diversas religiões até hoje, como testemunham as lojas de objetos e ingredientes para religiões afro.

Jesus, quando visitou o Templo, se revoltou contra os cambistas e os expulsou com um chicote. O Cristianismo inauguraria um novo tipo de relação com Deus. O sacrifício oferecido era o próprio Deus que se fez homem, liberando os homens da necessidade de degolar ovelhas e pombos. Mesmo nesse caso – de uma religião que se dizia da graça (e, portanto, gratuita) – a engenhosidade humana criou modos de negociar e comercializar.

Jesus abolira a necessidade de novos sacrifícios para a salvação, mas ele não acabou com todas as punições ao pecado. A Igreja medieval, se aproveitando disso, criou o sistema das indulgências. Sim, Deus se oferece ao homem de graça; mas, se o homem quiser reduzir seu tempo de estadia no purgatório, terá que pagar. O processo foi completamente institucionalizado, com preços e emissão de cartas de indulgência ocorrendo num ritmo verdadeiramente industrial. Outro grande negócio da religião era o culto e comércio de relíquias milagrosas. O que as igrejas evangélicas mais descaradas fazem hoje em dia tem largos precedentes na história do cristianismo.

No caso da Igreja em seu período de apogeu, o mais curioso é que ordens monásticas formaram os primeiros exemplos de indústrias e empresas racionalizadas. Havia mosteiros com complexos sistemas hidráulicos de produção industrial, fazendas produtivas, casas monásticas que arrendavam suas terras para camponeses, e até ordens de frades que criaram fundos de dinheiro (os montepios) emprestado a juros a cidadãos pobres para que se reerguessem. Sim, os franciscanos criaram o microcrédito meio milênio antes que os empreendedores sociais do nosso século.

 

Casamento

Uma das áreas da vida da qual os valores de mercado foram expulsos foi o casamento. Sabemos que casamentos por dinheiro ocorrem aos montes, mas eles são a violação de uma norma. Misturar dinheiro com amor é mal visto.

No passado não era assim. A escolha de um cônjuge envolvia necessariamente o dinheiro. Era impensável, por exemplo, que uma jovem se casasse sem um dote. Antes de uma união se concretizar, negociações bastante pragmáticas ocorriam para garantir um bom negócio aos dois lados. Um exemplo desse tratamento utilitário do casamento pode ser lido na autobiografia de Benjamin Franklin, que relata a dureza da mãe da noiva na hora de negociar a união.

O casamento por amor ou paixão existia, mas era socialmente reprovado, e às vezes até proibido por lei. Jovens apaixonados que se casavam em segredo – a la Romeu e Julieta – eram um escândalo de imprudência que manchava a honra da família. A expectativa era de que o amor viesse depois, e não antes, do casamento.

O dote da noiva era tão importante que não era incomum que fundos de caridade fossem instituídos para oferecer dotes a moças pobres, órfãs, etc. Da parte do noivo, o esperado era que ele pudesse prover para sua esposa e que tivesse posses ou um futuro promissor.

E se isso já nos parece uma intromissão indevida dos valores de mercado nos assuntos do coração, é porque pouco ouvimos falar de outra prática, também europeia, da Idade Média e Renascença: os corretores matrimoniais, profissionais que tinham dossiês dos jovens em idade de casar da cidade, que ligavam as partes interessadas e intermediavam as negociações sobre dote, festa e outros valores.

A prática da corretagem matrimonial era tratada como parte normal e esperada da vida. S. Antonino de Florença, importante pregador e teólogo moral que viveu entre os séculos 14 e 15, dedica grande parte de sua Summa Theologica aos corretores. É justo, argumenta o santo, que eles sejam remunerados quando fazem seu trabalho direito. O corretor só peca se enganar seus clientes, mentindo sobre o caráter ou sobre a riqueza da noiva para a família do noivo.

Vejam; o corretor matrimonial ainda existe (facilitando, por exemplo, uniões de mulheres do Leste europeu a norte-americanos de classe média), mas digamos que utilizar seus serviços já não pegue muito bem…

 

Propaganda

Um fenômeno – ligado ao mercado – que temos em grau maior do que qualquer época anterior é a publicidade. Isso se dá em parte por inovações tecnológicas na comunicação de massas e também pela maior variedade de bens de consumo.

Ainda assim, não pense que a propaganda e o anúncio publicitário eram estranhos a nossos antepassados. Do Egito à China, encontramos classificados e mensagens comerciais: em cartazes, em verso, em música. Nas ruínas de Pompeia no Império Romano, que foi aniquilada pelo vulcão Vesúvio em 79 DC, encontramos propagandas de tavernas e de prostitutas (com direito a tabela de preços). Lá também se construiu um trocadilho que constitui, para muitos historiadores, rudimentos de uma marca comercial: o vinho vesuvinum.

Posteriormente, organizações privadas como guildas medievais podiam também propagandear a si próprias, colocando seus símbolos nas paredes de grandes catedrais cuja construção ajudaram a patrocinar; não tão diferente das escolas com logomarcas de patrocinadores temidas por Sandel…

Esses usos comerciais, contudo, eram coisa pouca se comparados aos senhores da propaganda: Estados e igrejas, que sempre lutaram entre si pela supremacia na alma humana. Campanhas políticas tinham seus símbolos e mensagens (algumas preservadas até hoje nas ruínas de Pompeia). A ideologia – e até a teologia – dos Estados em formação se consolidou com base em intensa propaganda. O mesmo vale para a religião, que tinha como meta se espalhar por todo o mundo, não raro adaptando sua mensagem a diferentes contextos. Supostos milagres, revelações, arte; tudo era usado para persuadir as pessoas de que aquela era a única verdadeira fé. Não é à toa que a Igreja Católica tem até hoje um instituto de propaganda fidei, e se especializou muito bem em explorar os ganchos psicológicos que facilitam a conversão. Se bem lembrarmos, no século 20, o século da comunicação de massa, foram novamente os Estados que usaram com mais eficácia (e poder de destruição) essa ferramenta de sugestão das paixões humanas.

 

Mercantilização da pessoa

Esse é o exemplo mais óbvio e também o mais chocante. O próprio ser humano era, até pouco tempo atrás, comprado e vendido. A escravidão foi uma realidade comum de todas as sociedades até o início do século 19, quando, pela primeira vez, o ideal moral do abolicionismo começou a se transformar em realidade prática, expulsando o valor de mercado de uma província que ele não deveria ocupar, mas ocupou por muito tempo.

Imagine um mundo em que você pode ser comprado ou vendido, e usado ao bel-prazer de um dono. Em que seres humanos são anunciados em classificados de jornal e leiloados. Nosso país tem o triste marco de ter sido um dos últimos do mundo a abolir a escravidão.

O que hoje em dia isso nos causa horror, na época era parte normal da vida. Mesmo os escravos entravam no jogo: trabalhavam para se alforriar, ganhavam dinheiro de diversas maneiras e, ao menos no Brasil, compravam escravos. Assim como no caso do dote, grupos de caridade (compostos muitas vezes de ex-escravos) doavam para fundos de alforria para escravos em situação mais precária. A propriedade e o comércio de seres humanos eram mais uma esfera fluida do mercado.

E não pensem que a escravidão foi criação moderna, já de um pré-capitalismo. Durante toda a Antiguidade e Idade Média ela foi praticada. Todos conhecemos a extensão do tráfico de escravos no Império Romano. Menos gente sabe que ela existiu também na Idade Média, com uma grande diferença: a Europa não era compradora, mas exportadora de escravos brancos para o Oriente Médio e Norte da África.

Sim, a escravidão existe até hoje, mas, novamente, é como prática minoritária e – isto é o mais importante – como violação da norma socialmente aceita.

 

Ganância

Em todas as épocas, inclusive a nossa, a ganância foi condenada e vista como um mal. Mudaram as definições de ganância e avareza, que podiam ser mais ou menos inclusivas, mas nunca a voz moral dominante de uma época (na medida em que é possível falar em tal coisa) deixou de identificar limites além dos quais o amor pelo dinheiro era imoral.

Se algo é condenado, é porque existe e é relevante o bastante para merecer destaque. Se Javé em 1000 AC teve por bem condenar a ganância e o amor pelo ouro, é porque eles eram problemas já entre pastores semi-nômades do deserto.

Como em todas as épocas, o discurso moral dominante não reflete necessariamente as práticas da sociedade. Os pregadores (religiosos, filosóficos ou jurídicos) podiam condenar as riquezas, o lucro e os juros, mas esses sempre existiram e eram essenciais na existência das sociedades. S. Tomás de Aquino, escrevendo no século 13 duras palavras de condenação contra a cobrança de juros, tinha plena consciência de que a lei civil permitia, e até devia permitir, essa cobrança. É ingênuo, portanto, comparar a nossa realidade prática com os textos morais e espirituais de épocas anteriores.

Somos certamente mais positivos quanto à ambição do que um teólogo medieval que condenava o desejo de melhorar a própria condição de vida, ou ainda de um filósofo grego que condenasse toda e qualquer atividade comercial lucrativa. Somos, ao mesmo tempo, menos favoráveis ao desejo do lucro do que um filósofo do século 19 que visse a pobreza como falha moral, ou um teólogo que enxergasse a riqueza como sinal de eleição divina (posições que existem, mas que são marginalizadas).

O dinheiro não era, nem de longe, o único critério de valor no mundo antigo; assim como ele não é, nem de longe, o único critério hoje em dia. Nossos maiores modelos de virtude e admiração não o são por serem ricos. Obama, Che Guevara, Madre Teresa, Mandela, Martin Luther King, Steve Jobs, Angelina Jolie, Bono, Papa Francisco, Dalai Lama, Ayrton Senna, Stephen Hawking. Esqueci alguém? Enfim, muitos desses são ricos, mas nenhum deles é admirado por ser rico. Pelo contrário, nosso discurso moral é herdeiro da antiquíssima tradição da suspeita moral da riqueza. A pessoa rica precisa fazer muito mais atos admiráveis antes que seja considerada boa.

O tipo de vida integralmente voltada para si, que era natural e esperada de um aristocrata do século 18; ou voltada para o ganho e a conquista, como foram nossos conquistadores e bandeirantes (a sede desses pelo ouro é de espantar), é hoje universalmente condenada. Tampouco prezamos pelo amor ao fazer dinheiro e às virtudes industriosas como prezavam os vitorianos. A opinião de que a pobreza seja causada por vícios morais ainda existe, mas fica em segundo plano para explicações sociológicas.

Muito se fala dos magnatas do mercado financeiro – banqueiros e grandes investidores –, e sem dúvida eles detêm um poder muito grande em suas mãos (em parte bancado por um sistema monetário enviesado a seu favor); mas é raro encontrar alguma voz importante que os tome por modelos de virtude. São, no nível do discurso (que é o nível dos valores explicitamente aceitos), alvos fáceis de ataque. Ser “defensor de banqueiro” é insulto, e nunca elogio.

 

Conclusão

Espero ter ao menos te suscitado a suspeita de que nosso tempo não é particularmente mercantil, materialista, adorador do lucro e da riqueza. Ao menos não mais do que outros tempos e sociedades. Muitas coisas mudam, e é difícil, se não impossível, calcular um saldo final.

O mercado está, e sempre esteve, à nossa volta. Por algumas décadas no pós-guerra, a classe média ocidental talvez tenha tido a ilusão serviços gratuitos (no consumo) e abundantes eram a norma, apenas por serem “direitos de todos”, ao mesmo tempo em que sonhavam com uma alternativa socialista ilusória. Só que esse sistema é que é a exceção histórica, e que tem mostrado cada vez mais seus pesados custos. Dentre eles, suas ineficiências, seu caráter exclusivista e seus efeitos de longo prazo na motivação humana.

Quanto mais precisos somos na pergunta, mais difícil fica encontrar alguma diferença entre os antigos e nós. Há coisas que não mudaram nos milênios de história registrada do homem. A tecnologia sem dúvida progrediu, mas por trás dela reinam os mesmos desejos humanos, ditados por nossa natureza; e a engenhosidade humana de descobrir maneiras de satisfazê-los via interação social. Para isso, o mercado (e os valores de mercado) são fundamentais. Não os jogue no lixo ainda.

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Joel Pinheiro da Fonseca

Joel Pinheiro da Fonseca

Mestre em Filosofia pela USP e Editor da Revista cultural Dicta&Contradicta

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