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Protege-se o exportador às custas do contribuinte

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Bandeira-Argentina-2000pxHá cerca de 20 dias atrás escrevi um post chamado #nãovaitercarnenavenezuela, onde denunciava que importadores venezuelanos estavam devendo mais de seis milhões de dólares em faturas atrasadas a frigoríficos brasileiros e que o Brasil continuava a financiar a exportação de carne para o país bolivariano, mesmo sabedor de um provável calote. Como o financiamento dessa exportação é feito pelo BNDES, a conta do consumo da carne brasileira por venezuelanos acabaria por ser paga por todos os brasileiros, ricos e pobres.

Hoje o Globo noticia que o Governo brasileiro pode vir a destinar até R$ 3 bilhões para garantir a exportação de diversos produtos para a Argentina, através de um “Fundo de Garantia à Exportação” (FGE), pois o Governo teme que, com a atual crise econômica argentina, agravada por uma decisão da justiça americana que obriga a Argentina a pagar parte de uma dívida antiga posta em moratória, os exportadores de produtos para os hermanos tomem calote.

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil chega a dizer que “a Argentina é um país pagão por não ter padrinhos, e só pode contar com o Brasil”, em alusão ao famoso ditado “quem tem padrinho não morre pagão”. Mas por que o povo brasileiro tem que apadrinhar, às custas de impostos que machucam principalmente a parcela pobre da população, o povo argentino? De onde veio tal responsabilidade?

Na verdade esse é apenas mais um caso em que o Governo privilegia um determinado setor da economia em detrimento de todo o resto da sociedade. Não há justificativa plausível para se financiar exportadores de produtos para a Argentina às custas de toda a população brasileira. Se a Argentina não tem dinheiro para comprar, que não compre. Fazer um pobre brasileiro pagar a conta de um produto de um rico argentino é absolutamente imoral e injustificável.

Se os exportadores querem continuar exportando para países opressores e socialistas como Argentina e Venezuela, eles devem arcar com os riscos, e não o Governo brasileiro, às custas do povo que, diga-se, ainda se verá com menos produtos à sua disposição, pois esses produtos exportados poderiam estar sendo vendidos aqui no Brasil. Fazer capitalismo tendo o seu risco garantido pelo Governo é muito fácil, e totalmente contra o que prega o liberalismo e o livre-mercado.

Lembro, por fim, que essa prática do Governo de garantir exportações para países opressores não é de hoje. No ano passado o Governo brasileiro perdoou mais de R$ 2 bilhões em dívidas de países africanos famosos por seu desrespeito aos direitos humanos, o que também foi denunciado aqui neste espaço. Enquanto o povo brasileiro arcava com o consumo de povos estrangeiros, os ditadores desses países vêm ao Brasil para fazer festinhas com drogas e prostitutas. No final, o Brasil perdoa todas essas dívidas em troca de votos em organismos internacionais, pagando essa farra com nosso bolso.

Precisamos reaver o direito de não sermos padrinhos de gente espúria como Christina Kirchner, Nicolás Maduro, e os presidentes (leia-se ditadores) de Congo-Brazzaville, Sudão, Gabão e Guiné Equatorial. Não é pedir muito.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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