Portugal que se prepare
LIGIA FILGUEIRAS *

Qualquer que seja a ideologia do governante, “quem quer que governe Portugal terá nos próximos anos, largos anos, de responder a este imperativo de resgate da autonomia nacional que impõe obrigações que não aliviarão as responsabilidades de nenhum governo”. Este é o alerta do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, durante o 2º Fórum Empresarial do Algarve, no último fim de semana em Vilamoura, Portugal.
O vice-primeiro ministro de Portugal, Paulo Portas, quer a redução do IRC – Imposto sobre a renda Coletiva, o que depende de um consenso com a oposição. Portas defende a concessão de um “visto gold” a estrangeiros que comprem casas em um valor superior a meio milhão de euros. Por conta deste visto, já entraram em Portugal 150 milhões de euros em investimentos.
Para o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o país ficará numa situação muito negativa se o ambiente político e social derivar para a instabilidade e se não houver determinação para cumprir as metas traçadas. “O regresso de Portugal aos mercados depende dos passos previstos nas reformas delineadas pela troika“, disse Barroso.
A Economist em 2007 rotulou Portugal como “um novo homem doente da Europa“.
O encontro de Algarve foi promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais e contou com lideranças políticas e empresariais do mundo. Do Brasil, os governadores Omar Aziz (Amazonas), Simão Robison Oliveira Jatene (Pará) e Marconi Perillo (Goiás), e os empresários Luiz Fernando Furlan, membro do Conselho da BRF – Brasil Foods e do LIDE Internacional; e Paulo Rabello de Castro, coordenador do Movimento Brasil Eficiente e presidente do LIDE Economia.
* JORNALISTA