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O Sri Lanka é a mais nova vítima da nefasta ideologia verde

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A notícia da queda do presidente e do primeiro ministro do Sri Lanka já está nos principais jornais tupiniquins, depois que os manifestantes invadiram a residência presidencial. A mídia mainstream atribui o problema à crise cambial causada pela pandemia e pela guerra da Ucrânia, e apenas de raspão denunciam o problema de fundo: a escassez de alimentos causada pela introdução de uma política verde na agricultura do país, no ano passado.

Os problemas do Sri Lanka começaram em abril do ano passado, quando o presidente Gotabaya Rajapaksa, que agora é acusado de levar o país à ruína financeira, implementou uma proibição repentina do uso de fertilizantes químicos, uma política que sempre foi cara aos ambientalistas de plantão.

As implicações daquela política imprudente só agora estão sendo percebidas. Pela primeira vez em sua história moderna, o Sri Lanka, que geralmente cultiva arroz e vegetais em abundância, pode ficar sem alimentos à medida que as colheitas caem e o governo não tem mais divisas para pagar as importações de que o país precisa. Infelizmente, a fome agora é iminente entre os 22 milhões de habitantes da ilha.

O país está enfrentando a pior crise econômica desde sua independência, em 1948, e as reservas em moeda estrangeira estão em seu nível mais baixo já registrado. Quase não há um cidadão daquela ilha do sul da Ásia que não tenha sentido na pele e no bolso as consequências da inflação desenfreada e da escassez de combustíveis, alimentos e remédios nos últimos meses.

O Sri Lanka já teve crises econômicas no passado, crises de segurança, mas nunca na história do país houve uma crise alimentar.

Como bem resumiu Bjorn Lomborg, em artigo recente para o WSJ: “A crise de energia causada pela guerra na Ucrânia desiludiu muitos políticos da noção de que o mundo poderia fazer uma rápida transição para a energia verde, alimentada por energia solar, eólica e pensamento positivo.

À medida que os preços dos alimentos disparam e o conflito ameaça uma crise alimentar global, precisamos enfrentar outra realidade impopular: a agricultura orgânica é ineficaz, pouco produtiva e muito cara, e deixaria bilhões de pessoas com fome se fosse adotada em todo o mundo.

Durante anos, os políticos e as classes tagarelas argumentaram que a agricultura orgânica é a maneira responsável de alimentar o mundo. A União Europeia pressionou no ano passado para que os membros triplicassem a agricultura orgânica até 2030. Organizações sem fins lucrativos influentes há muito promovem a agricultura orgânica para países em desenvolvimento, fazendo com que países frágeis como o Sri Lanka investissem em tais métodos. No Ocidente, muitos consumidores foram conquistados: cerca de metade da população da Alemanha acredita que a agricultura orgânica pode combater a fome global.” (…)

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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