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Os ingênuos

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A senhora Luciana Genro, do PSOL, obteve nada menos que 1,6 milhão de votos na última eleição presidencial.  Seu colega, Tarcísio Motta, que concorreu ao governo do estado do Rio de Janeiro, obteve mais de 700 mil votos, tendo chegado, na cidade do Rio de Janeiro, reduto nacional da chamada “esquerda festiva”, em terceiro lugar, atrás apenas dos candidatos que disputarão o segundo turno.

Para quem conhece um pouco da História, parece inexplicável como dois candidatos que representam um partido de cunho marxista, que defende o que existe de mais retrógrado na política e na economia, possam obter tantos votos, em pleno Século XXI, apenas 25 anos depois que o mundo assistiu, estupefato, à queda do Muro de Berlim e à dissolução dos modelos comunistas por trás da Cortina de Ferro.

Apesar das semelhanças e das centenas de milhões de vítimas que as duas principais ideologias coletivistas do Século XX provocaram, a percepção das pessoas em relação a elas é totalmente distinta.  Enquanto o nazismo é, com justíssima razão, desprezado, e Adolf Hitler, o homem mais odiado da História humana, o apelo do comunismo continua enorme mundo afora.  Só para se ter uma ideia do descalabro, Karl Marx foi “eleito”, há alguns anos, numa enquete da Rádio BBC, podem acreditar, “o maior filósofo de todos os tempos”, deixando em segundo lugar ninguém menos que o britânico David Hume.

O que provavelmente contou mais em favor de Marx naquela enquete foi o pretenso caráter humanitário do comunismo, imposto a golpes inesgotáveis de propaganda enganosa através dos tempos.  É razoável intuir, também, que a maioria dos que responderam à pesquisa, assim como daqueles que ainda insistem em dar seus votos a candidatos marxistas, jamais tenha passado das primeiras linhas do Manifesto Comunista, fato que revela o extraordinário poder de manipulação das massas que detém a retórica esquerdista.

Até porque Marx não era um filósofo.  Era no máximo, como bem definiu o cubano Carlos Alberto Montaner, um “profeta iluminado”, que vaticinou a uma baboseira segundo a qual, ao se alterar o regime de propriedade (a estrutura), se modificariam a mentalidade social e as instituições (a superestrutura), dando lugar à aparição de um novo homem, uma virtuosa e solidária criatura que construiria o paraíso sobre a terra. Esse novo éden, no entanto, jamais se materializou, malgrado os esforços de uma penca de desmiolados, desde Lênin até Castro. Ao contrário do previsto, a utopia sempre cedeu lugar à tirania.

O que há de mais preocupante, entretanto, quando vemos as pessoas, ainda hoje, elevar Marx ao pedestal de grande filósofo, ou dar seu voto a candidatos comunistas, é a magnificência alcançada por uma ideologia em cujo âmago está a própria barbárie.  Sublinhe-se que não se está aqui simplesmente falando de ocasionais desvios de conduta ou crimes eventuais de um ou outro mandatário, mas de uma ideologia em que a violência lhe é inerente e sem a qual ela não sobrevive sequer alguns meses.

Ironicamente, enquanto bilhões de pessoas hoje em dia têm consciência e deploram os indizíveis crimes nazistas, muito poucos sabem das atrocidades cometidas por Lênin, Stalin, Castro, Mao, Pol Pot e outros marxistas, embora elas estejam muito bem documentadas no famoso Livro Negro do Comunismo.  É como se houvesse um misterioso pacto para que não se discutam tais crimes.

Essa ignorância manifesta-se claramente quando observamos milhares de bandeiras vermelhas, ornadas com a foice e o martelo, tremulando orgulhosamente em manifestações públicas mundo afora, ou quando milhões de desavisados ainda teimam em dar seu voto a candidatos vinculados à ideologia marxista.  Será que esses ingênuos permaneceriam empunhando essas bandeiras se soubessem o que elas representaram para aqueles que foram escravizados e mortos pelos regimes marxistas?

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

7 comentários em “Os ingênuos

  • Avatar
    13/10/2014 em 12:07 pm
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    Prezado João Luiz, muito obrigado por sua pronta e gentil resposta através do wordpress.
    Sem dúvida, você tem a minha concordância para publicar meu texto na página principal do blog.
    Se desejar, contacte-me pelo e-mail que cadastrei no wordpress; poderemos aprofundar nossa troca de ideias.
    Um grande abraço cordial e liberal!

  • Avatar
    13/10/2014 em 11:25 am
    Permalink

    Prezado João Luiz Mauad, bom dia. Assinante da Newsletter do IL e leitor assíduo de seus textos, permito-me fazer duas observações sobre o de hoje (“Os Ingênuos”, com o qual concordo plenamente) – uma de forma, outra de mérito.

    De forma:
    Vejo que você escreveu “as milhares de bandeiras vermelhas…”. Pois bem, surfando na Novilíngua do MEC (marxista, bem ao estilo que você condena, e eu também…), que absolve os solecismos, lembrei-me de que esse horrendo modismo “as milhares” vem sendo cometido amiúde por William Bonner, Jorge Bastos Moreno, Zuenir Ventura, Ricardo Boechat e outros menos votados (até o falecido João Ubaldo, Acadêmico!) Trata-se de atentado ao idioma que a mídia impressa, falada e televisiva lamentavelmente vem consagrando – “(…) as milhares de (…)”.
    Ocorre que o substantivo milhar é masculino, e o artigo definido que o antecede deve com ele concordar em gênero e número. Ou seja, o correto é os milhares, independentemente do gênero do complemento nominal que se segue – por exemplo, “pessoas”, o mais comumente usado. Ao se pronunciar ou redigir “as milhares de pessoas”, está-se fazendo a concordância do artigo “as” com o complemento nominal “pessoas”, o que constitui erro grave. Por esse caminho tortuoso, deveríamos então, analogamente, dizer ou escrever “umas milhares”, “algumas milhares”, “estas, essas e aquelas milhares” etc; imagine-se agora uma situação oposta, em que o substantivo seja feminino (p. ex., “dezenas”) e o complemento nominal masculino (p. ex. “automóveis”) – por essa “regra” chegaríamos a um fantástico “os dezenas de automóveis”, não é mesmo? Mas duvido muito que Bonner e Cia cometam esse deslize.
    E então, João Luiz? O que tem a nos dizer sobre isso?

    Do mérito:
    Logo após a divulgação dos resultados do pleito realizado em 05/10/2014, fui acometido por um sentimento que, em minha opinião, foi o mesmo que, pelo teor deste seu artigo, se fez presente em seu espírito: a surpresa com o excepcional desempenho do PSOL, particularmente entre jovens. Produzi, então, o artigo abaixo, que submeto ao seu crivo.

    BRASIL, UM PAÍS TROTSKISTA?
    Tem feito muito sucesso, no Brasil e no mundo, o livro “O homem que amava os cachorros”, do cubano Leonardo Padura Fuentes – um “tijolaço” de 600 páginas (sim, claro que o li) que aborda o assassinato de Leon Trotsky – fenômeno editorial que parece ter trazido de volta ao proscênio político uma ideologia que andava um tanto esquecida: o trotskismo.

    Para os que chegaram agora: Liev Davidovich Bronstein – Leon Trotsky – lutou ao lado de Vladimir Ilich Ulianov – Lênin – na Revolução Russa de 1917; foi o consolidador do Exército Vermelho e co-fundador da III Internacional Comunista, em 1919, com Lênin, de quem deveria ter sido o sucessor em 1924, quando de sua morte. Mas as manobras políticas levaram ao poder Josip Vissarionovich Djougachvilii – Stalin – que comandaria a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) até morrer, em 1953. Trotsky foi perseguido e exilou-se em Coyoacán, no México, num bunker, dentro do qual veio a ser assassinado, em 1940, certamente a mando de Stalin, por Jaime Ramón Mercader del Rio Hernandéz – um espanhol catalão recrutado pelo serviço secreto russo para esse fim. Todavia, em 1938, fundou, em Paris, a IV Internacional, que tem como “bíblia” seu mais conhecido texto – o “Programa de Transição” – e, naturalmente, opunha-se à III Internacional “stalinista”.

    Quando da defenestração de Trotsky, em 1924, os Partidos Comunistas de todo o mundo – “seções da III Internacional” – sofreram cisões; o líder criou as chamadas “Oposições de Esquerda”, congregando seus seguidores, que se desfiliaram das agremiações “stalinistas” vinculadas à URSS e criaram outras, “trotskistas”.

    Após a morte de Trotsky, a luta por sua sucessão foi grande. Inicialmente a IV Internacional foi conduzida pelo grego Michel Raptis, ou “Pablo”, mas logo a seguir começou a cindir-se em diferentes centros irradiadores, aos quais os seguidores de Trotsky foram se filiando da maneira mais variada, num grande número de países.

    No Brasil, além dos grupos trotskistas já existentes desde os anos 20, outros surgiram, particularmente a partir de 1979, após a Anistia, filiados aos diferentes centros então existentes. Todos eles, inicialmente, se encastelaram no Partido dos Trabalhadores (PT). Anos depois, alguns se legalizaram, e outros permanecem até hoje como “tendências”, ainda dentro do PT.

    Legalizaram-se: a Convergência Socialista, ou “Alicerce”, hoje PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado; a Organização Quarto-Internacionalista, ou “Causa Operária”, hoje PCO – Partido da Causa Operária; e um grupo dissidente da Democracia Socialista, que fundou o PSOL – Partido Socialismo e Liberdade.

    Continuam no PT: a OSI – Organização Socialista Internacionalista, também conhecida como “grupo do Jornal O Trabalho”; o restante da Democracia Socialista, ou “grupo do Jornal Em Tempo”; e possivelmente os antigos “posadistas” do PORT – Partido Operário Revolucionário Trotskista, surgidos ainda nos anos 50, atualmente denominados LER – Liga Estratégia Revolucionária, ou “grupo do jornal Palavra Operária”.

    Observe-se que até hoje o trotskismo ainda não assumiu o poder em um país específico, como ocorreu com o comunismo soviético e o chinês, dentre outros. Entretanto, ele parece estar tomando um grande vulto no Brasil, de maneira sub-reptícia, por duas vertentes:

    – o domínio político que o PT vem exercendo há 12 anos: conquanto essa agremiação não seja exatamente trotskista, sua ideologia esquerdista reveste cada vez mais as diretrizes partidárias de princípios comunistas, dentre os quais vários trotskistas, emanados de seus principais ideólogos, como, por exemplo, o “Internacionalismo Proletário” (claramente defendido no Programa do PSOL, basta acessar seu site e conferir…), caracterizado pela iniciativa petista de fundar o Foro de São Paulo, espécie de “União das Repúblicas Socialistas da América Latina – URSAL”, e manter laços cada vez mais estreitos com Cuba e outras nações já dominadas pelo chamado “bolivarianismo”; e

    – o avanço trotskista neste primeiro turno do pleito de 2014: expressiva foi a votação do PSOL, com toda certeza por força da sedução que seu discurso exerceu sobre um grande número de inocentes úteis, que não fazem a menor ideia do que venha a ser o trotskismo.

    Cabe, naturalmente, ressaltar que não há qualquer ilegalidade, no Brasil, em professar o trotskismo ou quaisquer outras ideologias de esquerda. Portanto, não estou aqui imputando ações ilegais a quem quer que seja, mas tão somente debatendo ideias.

    Prosseguindo, confiramos:
    – dos onze candidatos à Presidência da República, apenas três (os “grandes”), efetivamente, tinham chances de chegar ao topo da disputa; em quarto lugar ficou a candidata do PSOL, Luciana Genro, que conquistou essa posição em dezoito Unidades da Federação, tendo caído para quinto nas outras nove, abaixo apenas do Pastor Everaldo, do PSC, por diferenças mínimas; e mais – os oito “pequenos” candidatos obtiveram, juntos, 3,55% dos votos para Presidente; destes, Luciana conquistou 1.612.186 (1,55% do total geral), ou 44% do total desse subgrupo. Sem dúvida, um desempenho impressionante, no âmbito dos “pequenos”, e que possivelmente tenderá a aumentar a cada nova eleição;

    – para Deputado Federal, o PSOL conquistou cinco cadeiras: no RJ, Chico Alencar, Jean Willys e Cabo Daciolo; no Pará, Edmilson Rodrigues; e em SP, Ivan Valente; Chico e Jean obtiveram expressivas votações e foram, respectivamente, o 4º e o 7º colocados dentre os quarenta e seis que integrarão a bancada do RJ;

    – O PSOL não elegeu Senadores (Heloísa Helena não voltará ao Congresso tão cedo); já Deputados Estaduais foram 13 em todo o Brasil, sendo três no RJ, dos quais Marcelo Freixo obteve a primeira colocação dentre os setenta novos integrantes da ALERJ; e

    – dentre os candidatos ao Governo Estadual do RJ, quatro eram “grandes” (Pezão, Crivella, Garotinho e Lindberg); e foi Tarcísio Motta, do PSOL, que chegou em quinto, bem acima dos outros “pequenos”, com praticamente 9% dos votos, apenas um ponto abaixo de Lindberg.

    É lícito supor que, em 2016, nas eleições para Prefeituras e Câmaras Municipais, o PSOL, embalado por esses resultados, cresça ainda mais, principalmente pelos votos dos jovens, que parecem constituir a parte mais significativa de seu eleitorado.

    Espero, todavia, que, ao longo dos dois anos que nos separam do próximo pleito, boa parte desses jovens dediquem um pouco de seu tempo à leitura do livro de Leonardo Padura mencionado ao início deste texto. Será um ótimo caminho para entenderem melhor o que é o trotskismo, e – parodiando uma das mais antigas e eloquentes propagandas antitabagistas – apagarem de vez essa ideia!

    • João Luiz Mauad
      13/10/2014 em 11:48 am
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      Prezado Gil,

      Fico envaidecido de ter leitores com esse nível de cultura. Obrigado pelas aulas de português (texto já corrigido) e História. Se o amigo concordar, pretendo publicar seu artigo na página principal do blog.

      Abrs
      Mauad

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    13/10/2014 em 11:17 am
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    Quando a defesa da liberdade igual para todos atribuir valor a seus defensores e estas panacéias salvadoras prometidas por ideologias forem devidamente postas em reflexão para demonstrar cabalmente a fraude que são, ai sim haverá uma chance.
    Enquanto apelos emocionais atribuirem valor moral a farsantes e embusteiros …sem chance! …manipulação é exatamente um ardil que joga com a vaidade para fazer um tolo agir segundo seu manipulador, apenas visando moldar-se ao “valor” que lhe é oferecido pelo manipulador.

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    13/10/2014 em 11:10 am
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    Eu tenho a firme convicção que o sucesso das ideologias não se dá por sua lógica ou coerência teórica (as efetivas contradições de Marx são aberrantes) ou por crença na realização profetizada. O sucesso das ideologias se dá devido a seu apelo MORAL (moral = arbítrio ético, sem qq pudor racional). As profecias ou promessas de benesses terrenas ou no além, são apenas uma pretensa justificativa para se aderir à ideologia e o conceito moral que ela atribui a seus adeptos. …Ideolgias são APELOS Á VAIDADE HUMANA! …Daí que ideologias manipulam humanos de forma absurda. O desejo de se moldar ao valor que o grupo ideológico atribui a seus pares por serem adeptos da ideologia seduz completamente os vaidosos inseguros que precisam de um grupo de apoio, do apoio comunitário, para tentar convencer a si mesmo do valor, pretensamente objetivo, que o grupo lhe atribui simplesmente por ser um adepto da ideologia.
    Ideologias inibem a razão manipulando a vaidade, algo meio semelhante ao medo e ao ódio que fazem humanos se comportarem estupidamente. Um sujeito irado se causa prejuizos estúpidos tal como o pânico é causa de danos que se deseja evitar. As ideologias manipulam de fato é a vaidade e esta é a responsável pela inveja. O invejoso é um inseguro vaiidoso e vaidosos inseguram se entregam às opiniões alheias mesmo em detrimento das próporias. Daí a vontade de destruir tudo aquilo que lhe pode fazser sombra ante a opinião alheia. Qualquer valor perceptivel à opinião alheia e que não possa ser exibido pelo invejoso, ele abomina e anseia em destruir.

    A coisa é tão absurda que, por exemplo, um cristão cita os dez mandamentos que Javé passou à Moisés como uma regra ética e gosta de citar o “Não matarás” …Porém, o que Javé mais determina a Moisés é que mate homens, mulheres, crianças e tudo mais que tenha folego …Faz isso em FRANCA CONTRADIÇÃO com seu mandamento. Isso em inúmeras passagens biblicas em deuteronomio, números, levitico, Samuel e etc..
    Apesar disso leio um bom sujeito do IL referir que os dez mandamentos seriam um código ético para regular a humanidade. Tal prof parece não ter lido a bíblia e se emprenha por opiniões de segunda mão. Arrepia-me qdo membros do IL citam Montesquieu como um exemplo de bom sujeito por conta de seu algoritmo democratico da separação de poderes na democracia, esquecendo que todos nos 3 poderes tem por objetivo a hegemonia do aparato estatal sobre o cidadão. Porém Montesquieu, sendo democrata, tinha a idéia da COERÇÃO estatal como o meio de fazer “jusissia çossial” e gerar progresso sempre tributando os servos do Estado.

    Ora, não matar arbitráriamente como sendo algo eticamente errado independe dos mandamentos divinos. Aliás, há a parte em que agredir um escravo e ele morrer dias depois o deus dá como “tudo bem”. Pô? …com um código ético destes… Ocorre que tal mandamento se refere apenas aos membros da tribo da mesma forma que, mais claramente, Javé refere-se á escravidão onde desaconselha póssuirn escravos dentre os seus pares, da mesma tribo.

    Aí o sujeito vai e fala da moral judaico-cristã como se os estóicos nada tivessem fornecido em termos de filosofia moral, por exemplo. Aliás muito do que se atribui a JC decorre de alguns expoentes estóicos, Sêneca entre eles.

    O cristianismo produziu as perseguições e matanças mesmo antes da implantação regulamentadora da inquisição. Esta veio mais para generalizar o terror, estabelecendo perseguições até por medo de tal regulamentação legalmente estabelecida.

    Ora, apesar do terror cristão, das atrocidades e contradições no livro sagrado, estabelece-se que o cristão é moralmente um indivíduo BOM, alguém de valor apenas por ser um cristão subserviente às deliberações de sua igreja e da ideologia filtrada naquilo que racionalmente já se estabeleceu como valor objetivo, mesmo que na história da ideologia tal não lhe seja caracteristico.

    Assim, apesar das atrocidade que livros sagrados relatam e recomendam, apesar das efetivas contradições e aberrações que contrariam a realidade, ainda assim o rebanho ideológico persiste envaidecendo-se como se portadores de um valor humano ético objetivo.
    Daí que ao se confrontar o seguidor com sua própria ideologia salvadora e valorizadora, o individuo atribui respostas ao “mais letrados” ou mesmo inventa em mirabolante interpretação um desdito ao que esta na sua própria ideologia. Não importa a ideologia e sua veracidade, mas sim a comunidade “asinus asinum fricat” que ela gera para envaidecimento moral do seu rebanho de “salvadores do mundo” ou de “almas superiores” …de resto, dane-se a realidade, vale mesmo aquilo que seus pares afirmam ser a realidade mesmo que tal jamais seja fato concreto.

    Abs

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    13/10/2014 em 11:05 am
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    Eu acho interessante o fato dessas pessoas não passarem suas férias em Cuba ou na Coreia do norte, os paraísos na terra. Ou simplesmente se mudarem para lá. Mas se perguntar a qualquer um desses se querem morar nos Estados Unidos, o mesmo do capitalismo selvagem, não haverá apenas um que diga não.

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    13/10/2014 em 10:22 am
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    Mauad, excelente artigo. Na minha opinião, falta uma abordagem mais completa na escola, explicando a derrota do socialismo. Mesmo sendo um acontecimento recente, em termos de história do mundo, é desprezado no material didático atual. Isto aliado à predominância do esquerdismo nos professores de história do nível superior, que insistem em omitir os erros do sistema socialista e só enaltecem as teorias estapafúrdias, acabou criando boa parte da atual ‘esquerda de iphone’.

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