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O petróleo não é nosso

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logomarcaSegue abaixo a republicação de um pequeno texto meu de 2010, já que o tema está tão em voga. Destaco que o texto começa com a frase “estourou, no último final de semana, mais um escândalo de fraudes em licitações envolvendo a Petrobras”. O hiperlink é de maio de 2010 e já nem se fala mais daqueles superfaturamentos, já que temos outros agora com ordem de grandeza ainda maior. Passam-se os anos e, de maneira constante e ininterrupta, continuam os escândalos. Até quando vamos continuar achando isso normal? A Petrobras precisa ser privatizada, ou em 2020 estarei novamente aqui escrevendo sobre outro escândalo da empresa, seja lá sob que governo for.

Estourou, no último final de semana, mais um escândalo de fraudes em licitações envolvendo a Petrobras, o que não condiz com a aura santificada que possui essa empresa junto à população brasileira.

O governo petista tem buscado reforçar a imagem da Petrobras como sendo a grande salvadora da economia brasileira, principalmente com a futura exploração do petróleo na camada pré-sal. A neurose em cima desse assunto chega a tal ponto que centrais sindicais criaram uma organização para tentar controlar essa riqueza.

Agora vamos aos fatos verdadeiros. A Petrobras está garantida sobre um verdadeiro monopólio de extração de petróleo no Brasil, promovida pela Agência Nacional do Petróleo. Com isso, não tem a menor preocupação em promover um serviço barato e de qualidade, praticando a venda de seus derivados a preços incompatíveis com o mercado internacional. Um americano gasta, de acordo com reportagem da folha, R$ 1,32 (já convertido aqui da relação dólar por galão de gasolina para real por litro), enquanto nós brasileiros pagamos R$ 3,00. Isso significa que pagamos 227,27% mais caro por um litro de gasolina que um americano.

A Petrobras é uma empresa altamente ineficiente. Mesmo em um ambiente de monopólio na extração, conseguiu ter um prejuízo de R$ 95 milhões no primeiro trimestre deste ano nesta área, o que demonstra um descalabro administrativo em uma empresa que cobra o quanto quiser por seus produtos.

Apesar da extração de petróleo da camada pré-sal ocorrer apenas em caráter experimental, o governo já tem vendido cotas dessa riqueza, utilizando-a, inclusive, para capitalizar a Petrobras, mesmo sem que haja a garantia de que é viável a extração em escala industrial. O que o governo fez na verdade foi endividar o estado brasileiro sem ter a garantia de que poderá honrar essa dívida.

Então fica a pergunta: para quem interessa uma empresa estatal produtora de petróleo? Certamente não é para os consumidores. Para o petróleo ser “nosso”, precisamos pagar R$ 3,00 por litro. Isso só interessa para o governo, que, com um discurso ufanista sem sentido, ganha mais uma fonte de desvio de recursos e cabide de empregos às custas da população brasileira.

A única maneira do petróleo ser nosso é em um ambiente de livre-concorrência, em que empresas privadas lutem para extrair o petróleo de maneira eficiente e barata para toda a população, sem precisar pagar pedágio para político nenhum. Do jeito que está, o petróleo não é nosso, o petróleo é dos burocratas.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

Um comentário em “O petróleo não é nosso

  • Avatar
    06/02/2015 em 9:26 am
    Permalink

    Perfeito!!!

    “Para o petróleo ser “nosso”, precisamos pagar R$ 3,00 por litro. Isso só interessa para o governo, que, com um discurso ufanista sem sentido, ganha mais uma fonte de desvio de recursos e cabide de empregos às custas da população brasileira.”

    …enquanto nos EUA, onde o petróleo não é deles, americanos. eles pagam menos da metade pelo petróleo da ganânciosa iniciativa priovada.

    Isto precisa ser repetido mais vezes e em voz alta para ver se acorda os imbecis que se envaidecem ao se ostentarem imbecis.
    Somente um ser absolutamente esquizofrênco e de inteligência inferior a de uma galinha é capaz de acreditar que empresas estatais (ou qualquer propriedade estatal) é patrimônio da população. Somente indivíduos com a mente absolutamente deteriorada são capazes de orgulharem-se de serem exploraros e tiranizados pela hierarquia estatal.
    Na verdade esse comportamento aparentemente doentio se deve à INVEJA (consequência da vaidade exagerada) que faz com que o invejoso não se importe com a própria desgraça desde que possa ver os alvos de sua inveja igualmente subjugados, explorados e tiranizados pela hierarquia estatal: trata-se da aparente “igualdade no esgoto”. Afinal, se o invejoso sente-se incapaz de superar ou igualar as virtudes alheias conforta-se arrastando os virtuosos para a desgraça, mesmo que para isso tenha que destruir-se ainda mais.

    Por outro lado, ao repetir asneiras alheias incensado o coletivismo, o vaidoso tenta aderir a si glórias postiças. Assim, toma como suas as pretensas glóriuas da “coletividade” que na verdade são apenas devidas aos INDIVÍDUOS que as realizaram e não à coletividade pretensamente por eles representada.
    Um dos aspectos que seduz recalcados vaidosos (invejosos) nos COLETIVISMOS é a fantasiosa possibilidade de tomar para si, coletivizando, as glórias de integrantes do coletivo ao mesmo tempo que individualiza os fracassos. Trata-se de virtudes postiças com que pretende orna-se. Afinal, para o vaidos não importa a realidade ou a sua consciência, mas sim a opinião alheia em que se faça crer. Assim, para o vaidoso, nada vale por sua ESSÊNCIA mas apenas por sua APARÊNCIA. Afinal aquilo que está aparente é tomado por tal demente como a verdade apreendida por todos, já que a aparência influencia apenas aos 5 sentidos que captam a suposta realidade devendo ser avaliada pelo, que chamo, sexto sentido, que é a inteligência capaz de analisar as informações obtidas pelos outros 5 sentidos e concluir sobre a realidade. Assim, ao se ouvir o bramir de um elefante o banheiro, isso não significa que lá exista um. Assim conclui o sexto sentido. Contudo este sexto sentido é demasiado deficiente nos recalcados que se imbecilizam a fim de tentarem crer na realidade de suas “glórias” coletivistas ou aparentes para alimentarem a própria vaidade frustrada com o indivíduo que a carrega.

    Brilhantíssimo artigo e deveria ser mais divulgado, sobretudo os dois ultimos paragrafos.
    Vale repetir também o ultimo:

    “A única maneira do petróleo ser nosso é em um ambiente de livre-concorrência, em que empresas privadas lutem para extrair o petróleo de maneira eficiente e barata para toda a população, sem precisar pagar pedágio para político nenhum. Do jeito que está, o petróleo não é nosso, o petróleo é dos burocratas.”

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