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Liberdade de escolha só para matar

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Era só o que faltava!  Leio no portal do jornal Estado de São Paulo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está denunciando o que chama de “epidemia” de cesáreas no mundo e, particularmente, no Brasil, país que, segundo aquela organização, lidera as estatísticas de partos não naturais.

Os burocratas das Nações Unidas, à falta de algo melhor com que se ocupar, pretendem agora intrometer-se na escolha das mulheres sobre a forma como devem dar à luz seus bebês, numa interferência sem sentido nas relações entre pacientes e médicos, até porque a própria OMS admite que a cesárea é uma técnica médica absolutamente segura hoje em dia.

É claro que ninguém será mais competente para escolher o melhor método de parto, de acordo com as respectivas conveniências, do que a própria parturiente, de preferência assessorada por seu médico.

Meus dois filhos nasceram de cesáreas, há cerca de trinta anos, quando certamente as técnicas e demais práticas médicas e hospitalares eram mais rudimentares do que são hoje.  Nenhum deles ou a mãe sofreram qualquer problema ou sequela relacionada a isso.  Além desses, conheço uma infinidade de outros casos em que a mulher optou pela cesárea, sem que isso tivesse produzido qualquer problema.  Por outro lado, conheço alguns casos de mulheres que optaram pelo parto normal e, na hora h, devido a complicações inesperadas, foram salvas, assim como seus bebês, pela bendita cesárea.

Parece evidente que existem razões práticas para o aumento do número de cesáreas no mundo.  Além da questão da dor, que algumas mulheres parecem suportar menos ou temer mais do que outras, existem também questões logísticas e financeiras.  É óbvio que um parto normal exige muito mais tempo e cuidados, não só de médicos e assistentes, como também de hospitais, do que as cesáreas programadas, com dia e hora marcados.

O mais espantoso, entretanto, é saber que, a mesma OMS que faz beicinho para a escolha da mulher pela forma de dar à luz seu bebê, incentiva a legalização e a disseminação da prática do aborto mundo afora.  Nesse sentido, chegou inclusive a produzir, em 2003, um extenso documento, detalhando diversas técnicas e orientações práticas para o que chama de “aborto seguro”.

Resta saber: seguro para quem?  Para o feto é que não é.

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

7 comentários em “Liberdade de escolha só para matar

  • Avatar
    13/04/2015 em 4:06 pm
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    Excelente escrita, mas ficou raso em um aspecto:
    “É claro que ninguém será mais competente para escolher o melhor método de parto, de acordo com as respectivas conveniências, do que a própria parturiente, de preferência assessorada por seu médico.” Nesta frase é preciso supor que a parturiente tenha lá um nível de instrução e senso crítico mínimos pra não ser manipulada pelo médico, concorda? Infelizmente, não é sempre o caso.

    Aborto é um caso complicado, sobretudo quando estimulado pela mídia e por organizações mundialmente abrangentes. O que realmente tem valor, pra mim, é dar a liberdade de escolher pela vida ou pelo aborto, mas fazer campanha pela vida.

  • Avatar
    13/04/2015 em 2:53 pm
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    João,

    gosto muito dos seus textos e mesmo não te conhecendo pessoalmente o vejo como uma pessoa muito razoável.
    O fato de se dar ao trabalho de responder a uma imbecilidade de uma pessoa que te acusa de “pro-life”, só aumenta a minha admiração por você.

    Parabéns por mais um texto.

  • Avatar
    13/04/2015 em 12:01 pm
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    Mauad é um bom autor, mas esse papo de “pro-life” é ridículo.

    • João Luiz Mauad
      13/04/2015 em 1:53 pm
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      Caro Kepler, obrigado pelas gentis palavras e pelos profícuos argumentos.

  • Avatar
    11/04/2015 em 12:30 am
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    ONU e OMS são completamente aparelhadas pela esquerda já faz tempo.

Fechado para comentários.

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