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Quem são os culpados por essa tragédia?

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Há os que lamentam as perdas. Há os que justificam as perdas. Há os que aprendem com as perdas.

O prefeito Melo disse que o exército ia fornecer tanques de guerra para reforçar as comportas do sistema de proteção da cidade contra enchentes. Enquanto ele falava isso em coletiva de imprensa, foi notificado ao vivo de que a comporta 14 cedera, colapsando todo o sistema, que só funciona se a água for contida por inteiro, porque, uma vez que ela acha um ponto de escape, ela inunda a cidade e não há quem impeça isso de acontecer.

Mais grave é saber que as bombas que deveriam devolver água para o Guaíba ficaram com suas saídas submersas e passaram a drenar a água do rio para dentro da cidade. O prefeito também disse que o sistema estava passando por um teste porque a gravidade da situação era inédita.

Bem, o teste foi um sucesso. Provou que o sistema era precário e subdimensionado. Seres humanos podem aprender com a experiência, mas também podem aprender com abstrações logicamente deduzidas de modelos hipotéticos.

Uma tragédia como experiência para testar a fragilidade de um sistema é um preço incalculável quando sabemos que há tecnologia e recursos suficientes para prevenir que o desastre aconteça. Sebastião Melo tem culpa pela tragédia? Eduardo Leite tem culpa pela tragédia? Lula tem culpa pela tragédia? Obviamente que não. Eles apenas estavam no lugar errado na hora errada. Os culpados pela tragédia podem ser identificados ao se coletarem as digitais de todos os que já passaram pelos governos municipais, estaduais e federais, seja no poder executivo, legislativo, judiciário de cada uma dessas jurisdições. É claro que as digitais dos políticos mencionados também estarão lá com sua parcela de culpa, salvo se fizerem o que seus antecessores não fizeram.

A sociedade brasileira, voluntária ou coercitivamente, escolheu o estado como provedor de soluções para todos os problemas que afligem interesses difusos, porque acredita em ideologias divorciadas da realidade, da razão e do interesse moral e legítimo dos indivíduos que dela participam e acreditam em quem lhes promete o impossível, como evitar tragédias históricas sem fazer o que precisa ser feito, jogando depois a culpa na providência divina ou nas próprias vítimas.

Mudanças climáticas são permanentes, resultam de uma variedade imprevisível de fenômenos naturais. Cabe-nos estudá-los para criarmos condições de seguirmos vivendo mais e melhor.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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