Em algum momento da vida, você esteve incluso numa discussão sobre economia, política ou filosofia. Normalmente, todas as ponderações nesses assuntos vêm de uma prerrogativa pouco elaborada, justamente por ser algo complexo, porém, como o debate de ideias é algo essencial para a perpetuação humana e sua consequente organização em grupos sociais, as mesas redondas, formais e informais, sempre ocorrem. A questão em si é que a maior parte, por falta de conhecimento holístico, redunda na mesma situação, o vulgar termo “lugar nenhum”. Um dos tópicos essenciais, abrangentes e pouco abordados de maneira coerente é a respeito do Capitalismo, no que tange a todas as áreas e essas discussões que não criam raízes profundas nas futuras gerações implica justamente pela falta de bases construídas de maneira errônea.

Posso assim dizer fazendo uma breve análise do sistema educacional brasileiro e de países subdesenvolvidos ou emergentes, que é possível, desde tenra idade, a imersão em ideias progressistas e em alguns casos sequer o contato com quaisquer filosofias. Isso demonstra a limitação da capacidade dessas pessoas a um único meio de pensar ou de nenhum, o que torna esse grupo, inapto para tomar decisões coerentes naquilo que impacta em sua rotina diária, seja a curto, médio e longo prazo. Essa análise demonstra como esse grupo de pessoas, de pequena capacidade crítica, é “vítima” do populismo e traz em suas falas, todas as acusações possíveis (ou ao menos as que conseguiu memorizar) contra o Capitalismo e demonstram ojeriza a todos os defensores, mesmo sendo os mais beneficiados na maioria das vezes pelo resultado do trabalho capitalista.

Constata-se o que disse a partir da fala de Hayek: “A geração de hoje cresceu num mundo em que, na escola e na imprensa, o espírito da livre iniciativa é apresentado como indigno e o lucro como imoral, onde se considera uma exploração dar emprego a cem pessoas, ao passo que chefiar o mesmo número de funcionários públicos é uma ocupação honrosa.”. Essa citação foi feita há algumas décadas atrás, atualmente, o cenário é ainda mais crítico.

Mesmo com todas essas atenuantes, os homens e mulheres que empunharam a espada do capitalismo, sempre baseados em fatos e resultados palpáveis, conseguiram influenciar seus semelhantes ou trouxeram oportunidades através de ideias, projetos ou empreendimentos, conquistando melhorias individuais e consequentemente, coletivas.

“Por que não o capitalismo?” deveria ser a pergunta correta, pois, mesmo com suas limitações, a defesa da propriedade privada e do acúmulo de capital, proporciona ao homem, seja o menor ou o maior, um ciclo de crescimento “ad aeternum”, limitado apenas pela liberdade que o ambiente o proporciona.

Sendo assim, quando perguntado ou pensar em questionar “por que o capitalismo?”, tenha sempre a mesma resposta: “porque é o direcionador do mundo para o crescimento individual e coletivo. Caso precise de mais, vá além e cite Churchill: “O vício intrínseco do capitalismo é a partilha desigual do sucesso; o vício intrínseco do socialismo é a partilha equitativa do fracasso.”

De forma magistral, o capitalismo oportuniza, permite a promoção da liberdade e evolui a sociedade de forma geral, mesmo os que tanto o condenam. Não existe “um porquê, existem centenas de milhares, mas que dentre todos, seja a liberdade, o primeiro deles.

*Raphael Ribeiro – Associado Trainee do Instituto Líderes do Amanhã.