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Nunca o “dia de desenhar Maomé” se mostrou tão importante

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South_park_muhammadApós o chocante atentado ocorrido ontem em Paris contra o cartum “Charlie Hebdo”, que dizimou praticamente toda a redação da empresa, em um massacre que há muito não se via em solo francês, está na hora da civilização ocidental tomar uma posição enérgica em defesa da liberdade de expressão. Nesse sentido, esse lamentável incidente pode e deve servir para pôr definitivamente em pauta a discussão sobre a opressão mais palpável do mundo moderno: a opressão do discurso politicamente correto.

É sempre bom lembrar que já há um movimento anual contra a opressão do politicamente correto em defesa da liberdade de expressão, princípio básico da democracia liberal. É o “Draw Mohammed Day“, ou “dia de desenhar Maomé”, criado em 2010 de maneira difusa por norte-americanos após um episódio da série de cartum animado South Park ser censurado e editado pela emissora por conta de ameaças feitas por terroristas em virtude dos cartunistas terem usado Maomé como personagem. Esse dia se repete pelo menos uma vez por ano, e esse é o melhor momento para se fazer isso.

O discurso anti-liberdade de expressão não está atrelado apenas ao Islã, mas sim a toda cultura que se opõe frontalmente à cultura ocidental liberal-conservadora judaico-cristã, como é o caso da cultura socialista. A recente tentativa do governo da Coreia do Norte de censurar o filme “A Entrevista”, que retratava o ditador Kim Jong Un como uma figura caricata (o que ele de fato é), através de ameaças e cyber-terrorismo, apenas aprofunda a necessidade de defesa das instituições da cultura ocidental.

karl-marx-vida-obra-e-pensamentosNesse momento de dor e revolta, é difícil tolerar discursos tão ensandecidos quanto os que foram ouvidos ontem por pessoas como o cartunista (!) Laerte, dizendo que esse atentado vai favorecer a extrema-direita europeia, que também é intolerante e adversária cultura da civilização ocidental, até porque a extrema-direita nacional-socialista não tem nada de direita liberal-conservadora, sendo muito mais afeita ao movimento socialista, como seu próprio nome diz. Mas precisamos fazer esse engrandecimento de espírito e tolerá-los, sem, contudo, aceitá-los. Tolerar esse discurso não pode se confundir com aceitar o discurso. Devemos repelí-lo com todas as forças. Começando pela fina arte dos cartuns.

Minha parte já está feita. Ilustrando esse artigo, mais acima, o desenho original de South Park. Ao lado, uma representação minha de Marx, pelo bem da liberdade.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

3 comentários em “Nunca o “dia de desenhar Maomé” se mostrou tão importante

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    11/01/2015 em 10:33 pm
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    nao tem graca nenhuma, sua proposta eh idiota, e soh radiliza mais opinioes. Sou contra terroristas, mas sou inteligente o suficiente vindo de uma boa familia para tambem admirar e respeitar a maravilhosa cultura mulçumana como a minha. Nao gostaria que fizesse caricaturas sobre Nsa Senhora em nome da liberdade de imprensa, assim como nao quero fazer a do Profeta. Encontre outra forma de defender a liberdade de expressao, e nao a libertinagem de opiniao.

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    09/01/2015 em 11:36 am
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    Apesar da frase; “posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”, ser equivocadamente atribuída a Voltaire, ela de fato representa a mais pura condição da liberdade de expressão, e devemos preservá-la a cada dia, se quisermos continuar a ser humanos.

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    08/01/2015 em 2:31 pm
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    Considerando as alegações estapafurdias de Marx e as gritantes contradições em seu besteirol desconexo, bem valeria retrata-lo com um sorvete na testa ou uma luva como chapel …rsrs

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