Quem paga a dívida da Petrobras?
Em evento ontem, a Presidente Dilma resolveu “defender” a Petrobras acusando os adversários do PSDB de quererem privatizar a Petrobras. Segundo a Presidente, os atos relativos a compra da refinaria de Pasadena foram equívocos individuais e pontuais e que nada têm a ver com a força da empresa.
Cabe ressaltar, primeiramente, que se a compra da refinaria é um equívoco individual e pontual, esse é um erro a ser imputado a ela, Dilma, na época do negócio Presidente do Conselho de Administração da empresa.
Agora alguns dados: a dívida da Petrobras hoje é de 221 bilhões de dólares; o valor de mercado da empresa caiu mais de 70% nos últimos anos; não há dinheiro para os investimentos necessários e obrigatórios por lei no Pré-Sal. Enquanto isso, anualmente, mais de cem milhões de reais da empresa são destinados aos mais variados projetos não afeitos ao seu negócio principal. A sangria de recursos para compra de imprensa e setores culturais é total.
A pergunta que fica é: está o povo brasileiro disposto a bancar essa farra até quando? Não é do interesse da população ter uma empresa cujo principal objetivo é comprar setores sociais com favorecimentos pessoais. E não se enganem sobre isso ser obra do PT. Todo e qualquer partido que tome o poder terá à sua disposição uma verdadeira máquina de corrupção. O máximo que pode se dizer a respeito disso é que, provavelmente, nenhum outro partido conseguirá aparelhar a Petrobras com tanto profissionalismo quanto o atual partido fez, mas isso não é trabalhar com o bom cenário, é trabalhar com o menos ruim.
O bom cenário é um setor petrolífero livre, com liberdade de prospecção, pesquisa e distribuição de bens e derivados de petróleo a preços competitivos e com concorrência. A Petrobras morreu e está na hora de um novo projeto de energia e derivados de hidrocarbonetos. Não é preciso privatizar a Petrobras, basta abrir o mercado que se verá se a estatal, gerida pelo governo, consegue se manter competitiva em um ambiente livre ou não. É mais fácil apostar na competição empresarial que na competência de um governo pouco preocupado com austeridade e investimento e muito preocupado em vencer as próximas eleições.