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A perversão ideológica

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Hipocrisia3São comuns os casos de pessoas que incorporam os mais altos valores morais como forma de esconder suas próprias perversões. É o marido ciumento que tem um caso com a secretária. É o pai rigoroso que deseja as colegas de sua filha. É o machão que se fantasia sendo passivo a um travesti.

A perversão sexual é um assunto privado, com consequências privadas. Porém, outro tipo de perversão afeta a vida de toda a sociedade.

Alguém conhece uma pessoa que se tornou socialista depois de maduro? Não. Não porque o socialismo se sustenta na paixão, não na razão. Reparem que todas as pessoas vestem a fantasia socialista entre a adolescência e a juventude, época em que cultivamos pouca coisa além de adrenalina e luxúria. Compreendo a inclinação à esquerda, afinal, o discurso é mesmo muito bonitinho e de fácil assimilação, com heróis e vilões muito bem definidos, assim como em qualquer filme de ação de Hollywood. Para nossa sorte, a maioria das pessoas se desfaz da fantasia socialista na medida em que amadurecem, tratando de construir suas vidas a partir delas mesmas. Para nosso azar, uma minoria não apenas conserva tal fantasia como a transforma numa fortaleza moral, perfeita para ocultar seus desvios de caráter.

É o burguesinho ingrato que prega contra o “sistema capitalista” a despeito dos caminhos que seus pais percorreram para lhe criar. É o burguesinho hipócrita que compartilha a campanha anti-EUA através de seu Iphone conectado ao Facebook. É o burguesinho cretino que diz que ama Cuba, mas que prefere gastar seu dinheiro na Europa. É o burguesinho “paz e amor” que incita o ódio entre classes e raças. É o burguesinho metido a intelectual que glorifica a pobreza, a ignorância e delinquência.

A ingratidão, a hipocrisia, a cretinice e o falso “amor ao próximo”, quando ganham escala de rebanho, transformam-se num frenesi que dá a impressão de que seus agentes são mais fortes e em maior número do que realmente são. A inocência da população mais humildade não enxerga que a única motivação dessas pessoas é o prazer ideológico, aquele sustentado apenas em personagens, símbolos e discursos, a despeito de qualquer realidade.

O mesmo sujeito que grita em favor de liberdade de expressão, defende todas as ditaduras socialistas do mundo. O mesmo sujeito que grita por igualdade social, exige que haja distinção de classes. O mesmo sujeito que grita por igualdade racial, exige que haja distinção de raças. O mesmo sujeito que grita contra a “contaminação” de uma cultura por outra, comemora quando a cultura que lhe representa é absorvida por outras. O mesmo sujeito que grita em favor da cultura popular, se revolta contra novela e contra qualquer artista popular que faz sucesso no exterior. O mesmo sujeito que grita contra a prisão de manifestantes no Brasil, cala-se diante das perseguições, das agressões e das prisões de manifestantes na Venezuela. O mesmo sujeito que grita que Israel comete genocídio contra os palestinos, se cala diante do verdadeiro genocídio que o Isis promove no Iraque. O mesmo sujeito que grita contra o protecionismo de alguns países, exige que o Brasil se feche para produtos e empresas estrangeiras. O mesmo sujeito que grita em favor de punição aos agentes da ditadura militar brasileira ignora todas as atrocidades que as ditaduras comunistas empenharam no último século. O mesmo sujeito que grita em favor de direitos civis e sindicais no Brasil, cala-se diante da falta dos mesmos direitos em Cuba e na China. O mesmo sujeito que grita contra a homofobia no Brasil, cala-se diante das sistemáticas perseguições que países africanos promovem contra gays. O mesmo sujeito que consome drogas ajuda a propagar os boatos de que um líder da oposição é viciado em drogas. O mesmo sujeito que grita em defesa do bandido cala-se diante de toda e qualquer violência sofrida por um cidadão comum. O mesmo sujeito que grita em favor dos direitos das mulheres no Brasil, cala-se diante dos abusos que as mulheres sofrem nos países muçulmanos. O mesmo sujeito que grita contra a igreja, comporta-se como um fanático religioso diante de seus líderes e símbolos ideológicos, lhes defendendo fervorosamente de qualquer acusação, a despeito de qualquer evidência. O mesmo sujeito que grita contra os Estados Unidos, cura sua ressaca bebendo seus refrigerantes, se masturba assistindo seus filmes pornôs, se diverte ouvindo suas músicas, se comunica através de suas redes sociais e sonha em botar a mão num maço de dólares. O mesmo sujeito que grita contra o antissemitismo, esforça-se em justificar todas as ações de Vladimir Putin, presidente da Rússia e declaradamente antissemita porque… ele se posiciona contra os Estados Unidos, aquela democracia feita de imigrantes de todas as partes do mundo, cujo presidente é negro, de origem pobre e de sangue asiático e africano.

Ah tá… Os Estados Unidos representam o capitalismo! Ok…

Esse despudorado exercício de demagogia é o maior prazer dessas pessoas. Para elas, qualquer realidade, por mais absurda ou trágica que seja, é insignificante diante do prazer de enxergar suas referências ideológicas no poder ou diante da possibilidade de queda dos vilões que seus heróis apontam. Sentem-se vitoriosos tais como torcedores diante da vitória de seu time de futebol. Assim como um torcedor nunca deixará de torcer pelo seu clube de coração (coração!) por pior ou mal gerido que seja, o militante socialista nunca deixará de confiar naqueles que representam as fantasias de sua juventude. Fará grandes esforços para justificar todo e qualquer desvio de conduta de suas referências ideológicas. Não medirão força para atacar todos que se manifestam contra.

A canalhice é um recurso utilizado tanto para manter perversões sexuais quanto para manter perversões ideológicas. O típico militante socialista utiliza-se da hipocrisia, da demagogia e da canalhice da mesma forma que o marido, que o pai e que o machão pervertido. O que todos têm em comum é o baixo poder intelectual e o alto nível de covardia, características que, acumuladas em grupos organizados e financiados por partidos como o PT, faz com que a sociedade gaste tempo e energia para não se deixar ser totalmente controlada por essa gente, em vez de investirem o mesmo tempo e a mesma energia em seu próprio desenvolvimento.

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João Cesar de Melo

João Cesar de Melo

É militante liberal/conservador com consciência libertária.

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