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“Loligo brasiliensis petistae da silvae”; no popular: Grande Mentiroso

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Créditos: Humans of PT
Créditos: Humans of PT

Um dos maiores erros que o Brasil cometeu em sua história foi ter alçado ao poder, em 2002, um demagogo despido de qualquer senso de moralidade, responsável direto pelo estrelato da ignorância e representante-síntese do louvor à esperteza ladina e à mendacidade inveterada. A suposta simpatia, associada à imagem (também ela falsa) de um grande “trabalhador” passada pelo líder sindicalista, fez dele o coração simbólico do sistema nefasto que atrasa o país há mais de uma década. Seus comentários sobre o caso da Standard & Poors, que retirou o grau de investimento do Brasil, vêm se somar à longa lista de evidências da incrível capacidade do senhor Luiz Inácio Lula da Silva de desdizer sem a menor cerimônia suas mais enfáticas declarações.

O homem que atacava implacavelmente os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor e, nos dias de hoje, os afaga e os envolve nos conchavos que permitiram a construção de seu esquema de poder; o homem que dizia ser o impeachment uma ferramenta maravilhosa da democracia, que lutou pela queda de Collor em 92 e dizia que o povo deve ter o direito de “demitir” um político quando ele trai o voto que o empossou, mas hoje se escandaliza com a movimentação, muito mais bem fundamentada e imperiosa, pela queda de sua cria obtusa Dilma Rousseff; o homem que liderou o partido que atacou e sabotou, de todas as formas, a Constituinte de 1988 e o esforço de conciliação nacional da candidatura de Tancredo Neves pós-regime militar, e que hoje se exibe como soberano constitucionalista e legalista; pois bem, este mesmo homem, para nenhuma surpresa nossa, resolveu vomitar suas asneiras de sempre contra a agência de classificação de risco.

Segundo Lula, esse rebaixamento, sinalizando a todos os investidores internacionais que não apresentamos mais segurança como atrativo para seus negócios, simplesmente “não significa nada”. Lula acredita – ou quer nos fazer crer que acredita – que isso “significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer”. Em sua visão delirante, o decadente pseudo-monarca do Brasil acha “muito engraçado” que a Standard & Poors não use os mesmos critérios para os “países quebrados da Europa” (sic). Chega a ser inacreditável. O que o excelentíssimo senhor molusco quer? Quer que acreditemos que existe um tenebroso complô imperialista norte-americano (dos EUA do esquerdista Obama, diga-se de passagem) para desmoralizar o Brasil, enquanto tudo, na realidade, vai às mil maravilhas? Que a propaganda eleitoral do PT, desmentida dolorosamente pela realidade, não foi um amontoado de mentiras? Que as pedaladas fiscais e as manobras vis da candidata Dilma não ajudaram a construir um cenário de ficção que hoje desmorona como um castelo de cartas? Que a casta lulopetista entende muito mais de economia do que a agência de classificação de risco? É isso, senhor ex-presidente investigado?

Interessante notar que o grau de investimento foi obtido pelo Brasil, pela primeira vez, em 2008, quando o senhor Luiz Inácio ocupava a presidência. Inclusive, alguns, para variar, se apropriam dos indicadores do governo Fernando Henrique Cardoso para dizer que essa e outras glórias pertencem ao PT, esquecendo-se, convenientemente, que tais coisas apenas aconteceram porque as conquistas macroeconômicas dos governos tucanos, a despeito de seus outros defeitos, as possibilitaram, e porque a Era Lula viu um Brasil que surfou na onda das commodities, sobretudo em razão das importações da China. Na época, vejam só, a avaliação da agência “que não significa nada” foi exibida como um troféu!

Palavras de Lula: “eu acho que houve uma combinação de esforços feliz por todos os brasileiros que permitiu que nós pudéssemos, hoje, estarmos felizes porque é uma coisa importante para o Brasil, é uma vantagem extraordinária nesse mundo globalizado. (…) O Brasil estava quebrado, não tinha credibilidade. Todo mundo lembra quanta faixa tinha aqui, da dívida externa. Cada vez que ia em um lugar era: ‘Fora FMI’. Acabou isso. Acabou.” Pois é, Lula! Para seu azar, a história registra. Não esquecemos. Será que a “vantagem extraordinária nesse mundo globalizado”, de uma hora para outra, de repente “não significa nada”? Qual é a verdade? O “grande líder popular” teria alguma explicação ao povo sobre sua flagrante inconstância?

Se o PT devora a si mesmo e hoje faz pouco caso do que exibia outrora como galardão, se o PT é hoje – e sempre – sinônimo de mentira, não podemos deixar passar nenhuma oportunidade de lembrar que muito disso se deve ao seu ícone supostamente impoluto, que mexeu criminosamente com o imaginário de uma geração influenciada pelas ideias marxistas e populistas mais ranhetas. Esse falsário precisa ser denunciado e apontado como diretamente responsável pelo caos em que seu partido e sua criatura mergulharam o país. Lembraremo-nos sempre de que o Brasil de hoje registrou um caso inédito de “involução” das espécies, para arrepiar os cabelos de Charles Darwin, quando o loligo brasiliense petistae da silvae, vulgo Lula, entregou um país em crise moral e com estruturas crescentemente aparelhadas para Dilma sapiens, que só terminará o serviço se não a impedirmos enquanto há tempo de resgatar algo de nossa dignidade.

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 10 livros.

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