A religião e a fé do brasileiro no Estado
Em se tratando de política nacional, não existem surpresas nem coincidências. Tudo é previsível e obedece a um princípio axiomático, a lei da causalidade, que diz que todo efeito tem uma causa a ele relacionado promovido por uma entidade cuja natureza não pode ser contrariada.
Só se surpreende com o que está acontecendo com o governo brasileiro quem é cético ou místico. Cético, porque não acredita em princípios, mas em coincidências. Místico, porque acredita em utopia, superstição ou revelações aleatórias.
Recentemente, uma pesquisa revelou que 89% dos brasileiros acreditam em Deus, o que faria com que o Brasil liderasse o ranking dos crédulos.
Não duvido que, se fizessem uma pesquisa para saber se os brasileiros acreditam no estado ou nos políticos, o índice também seria elevado.
Somos o que somos não por acaso nem por coincidências históricas. Não há surpresas, os brasileiros são altruístas por causa da religião ou das ideologias que pregam a abnegação.
Altruísmo é uma ética desumana, coletivista, que precisa ser imposta politicamente através da coerção estatal. Afinal, tudo que o governo tira para si e para os outros é fruto de intimidação e roubo.
Existe relação causal entre o que obtemos do estado e dos políticos e os desejos e caprichos da população em geral.
Para mudar a política nacional, é preciso, antes, mudar a ética individual. Eu não me surpreendo com os rumos que o Brasil percorre, porque eu venho acompanhando nossa história com muita atenção.
A história não tem vida própria, ela é escrita por quem controla o pensamento hegemônico. Só mudaremos o futuro se as ações que o caracterizam seguirem uma nova mentalidade, uma nova cultura, baseada na realidade objetiva, na razão, na ética do individualismo. Sem isso, seguiremos vivendo sob os mais diversos tons de socialismo.