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Não é o Governo que acabará com a falta de água

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aguaNão há como não se ficar maravilhado com a notícia publicada pelo site “G1” sobre uma máquina inventada por engenheiros brasileiros que absorve parte da umidade do ar e transforma em água potável e de pureza inigualável no mercado. De acordo com os criadores, o uso da máquina custa dezessete centavos de energia por litro criado. O grande problema ainda está no preço da máquina, em torno de seis mil reais.

Muito em breve este conversor de ar em água estará sendo produzido em massa a preços populares, acabando com um grande problema de falta de água potável em todo o mundo, e especialmente no Estado de São Paulo, terra dos inventores. Para quem acha que é uma ilusão achar que essa máquina um dia será vendida a preços populares, basta lembrar que toda invenção que funciona para a satisfação de uma necessidade coletiva um dia acaba se popularizando, pois outros agentes de mercado são incentivados pelos altos preços a produzirem máquinas semelhantes até se tenha competição suficiente para forçar os preços para baixo e fazer a produção ser eficiente. Foi assim com produtos comuns a todos os cidadãos de hoje, como máquinas de lavar, geladeiras, fogões e televisores, e também será com este conversor.

Dentro desse mesmo objetivo de fornecimento de água potável, muitos países ricos, em especial Israel, utilizam dessalinizadores, que são máquinas filtradores da água salgada do mar, retirando o sal e transformando-a em água doce. O processo, que hoje é caro, está em vias de se popularizar, como informa a Revista Galileu. De acordo com a reportagem do periódico, engenheiros da Lockheed descobriram um dessalinizador superpotente que muito em breve sera disponibilizado para o mercado, sendo 99% mais barato que os dessalinizadores atuais, por conta de uma membrana filtradora superforte e com porosidade em nível nanométrico.

Achar que o Estado, através das formas tradicionais de captação e distribuição de água, irá resolver o problema do fornecimento desse produto para a sociedade, é desconhecer a sua lógica natural. A distribuição de produtos e serviços pelo Estado não obedece às leis de mercado de escassez e utilidade para a formação de preços, e sim a lógica política, que tem a ver com entregar o produto barato e subsidiado, ainda que custeado através de tributos incidentes sobre outros produtos e serviços. Só que esse barateamento cria incentivos de consumo de bens escassos que, no médio prazo, gera insustentabilidade no uso. E como esses produtos e serviços estatais são normalmente monopólio público, agentes de mercado são impedidos de competir com o estado e gerar processos de produção e distribuição mais eficientes e inovadores. Esse processo se mostra particularmente cruel na produção e distribuição de água e energia no Brasil. Os preços subsidiados estão gerando consumo insustentável desses produtos e sem liberdade para a iniciativa privada concorrer com o setor público.

Está na hora do Brasil fazer uma opção segura, e ao mesmo tempo revolucionária, em favor do livre-mercado no setor de água e energia no país. É a sociedade civil, através do mercado, que acabará com a escassez de água e energia no Brasil, não o nosso corrupto Governo.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

Um comentário em “Não é o Governo que acabará com a falta de água

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    20/10/2014 em 10:24 am
    Permalink

    Não é apenas a questão de que:

    “outros agentes de mercado são incentivados pelos altos preços a produzirem máquinas semelhantes até se tenha competição suficiente para forçar os preços para baixo”.

    Apesar de ser verdade que a concorrência faz os preços baixarem, não é essa a causa PRIMEIRA dos preços baixarem, como se a concorrência causasse, de pronto, uma disputa com renuncia de ganhos.
    Os preços só abaixam pelo aumento de oferta, seja com ou sem concorrência, até um preço ótimo e só depois haverá disputa de consumidores.
    Os preços tendem a baixar porque INICIALMENTE os CONCORRENTES AUMENTAM A OFERTA DO PRODUTO através do aumento de investimentos na produção. MESMO SEM CONCORRÊNCIA INICIAL A TENDENCIA É QUE OS PREÇOS SE REDUZAM com os investimentos na produção.
    O aumento da produção visa o GANHO de ESCALA onde atingindo um maior número de consumidores o empreendedor consegue um ganho maior do que conseguiria com um numero reduzido de clientes. Assim ele obtém a produção com a maximização de lucros e AÍ SIM a concorrência irá reduzir ainda mais os lucros e os ganhos. Ou seja, num primeiro momento não é a concorrência que faz o preço baixar. Reproduzir essa frase é dizer que os empreendedores jamais reduziriam suas margens de lucro espontaneamente dado que são gananciosos malvados. As margens não são tão atraentes quanto o montante de ganho. Assim, aqueles que primeiro adquirem os produtos ou serviços recentemente criados é que pagarão elevada taxa de lucro ao empreendedor e financiará os investimentos para aumento da produção que SÓ SERÁ ESCOADA SE ATINGIR MAIOR PÚBLICO PERMITINDO MAIOR GANHO PELA QUANTIDADE E NÃO PELA MARGEM DE LUCRO. A margem ótima de lucro só então será reduzida pela concorrência, somente após a quantidade ótima de produção. Num PRIMEIRO MOMENTO é o GANHO DE ESCALA QUE REDUZIRÁ OS PREÇOS. Se o investidor puder de pronto atingir a produção ótima, dependendo do custo do investimento, os concorrentes não poderão competir proveitosamente e em tese pode mesmo haver um quase monopólio natural dado a dificuldade de uma concorrência eficiente capaz de suprir o mercado e obter retorno compensador.

    A mecanica do mercado tem seu próprio redutor de margens de lucro e só depois a concorrência baixará ainda mais.

    Concorrentes que não atendem à demanda não precisam baixar os preços para conquistar clientes alheios. Ou seja, antes da concorrência em si, atender o mercado para ganhar na quantidade é um fator ainda mais importante do que a concorrência. Assim, a amaldiçoada MARGEM de LUCRO NÃO É O OBJETIVO do INVESTIDOR e SIM o GANHO.

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