“Uma das formas de utopia consiste em negar certos aspectos inerentes à natureza humana quando se fala em agentes do Estado.  Os defensores do governo estão sempre dispostos a enfatizar os danos que possam resultar da ganância generalizada e do egoísmo da humanidade, na ausência de um governo capaz de conter nossos piores excessos.  Eles raramente param para considerar o que pode resultar da ganância e egoísmo na esfera do governo, pressupondo que os agentes do governo são igualmente propensos a esses vícios.  Não que os estatistas tenham alguma prova de que os funcionários públicos sejam mais virtuosos do que as pessoas comuns.  Tampouco eles têm algum plano para fazer com que este seja o caso.  Em vez disso, simplesmente parece nunca ter ocorrido à maioria dos estatistas aplicar os mesmos pressupostos realistas sobre a natureza humana ao governo.  O Estado é tratado como se se erguesse acima do mundo humano empírico, transcendendo não só as restrições morais, mas também as forças psicológicas que se aplicam aos seres humanos em geral”. (Michael Huemer)