STF: o Estado é maior que o partido
NIVALDO CORDEIRO*
Ontem foi um dia histórico, no qual o STF completou a condenação de João Paulo Cunha e os demais réus do Mensalão. A fala sóbria, didática e lógica do ministro Cesar Peluso marcou a sua despedida como magistrado, em momento de inspiração.
Mas o que realmente emocionou foi o libelo ético-político do ministro Celso de Mello, como quem dissesse, falando em nome da Corte: o Estado é maior que o partido. O ministro Gilmar Mendes se perguntou “como puderam fazer aquilo com o Banco do Brasil”. Emendou dizendo que nunca caímos tão baixo em práticas políticas.
Vê-se que a Corte puxou para si o papel que outrora estava reservado aos militares, de dar um basta na orgia de corrupção. A maioria sólida calou os dois únicos ministros alinhados com as ordens partidárias, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. A situação desses dois está insustentável perante a opinião pública e os cultuadores das letras jurídicas.
O STF deu um brado de força e ordem. Enquadrou a semente maligna do totalitarismo.
[COMENTÁRIO NA ÍNTEGRA]
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* ECONOMISTA E ARTICULISTA