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South Park e Uber

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timmyEstava assistindo ontem ao mais novo episódio da série South Park, cujo tema foi a livre-concorrência. Pela história, um menino especial com deficiência nas pernas usa sua cadeira de rodas elétrica para rebocar uma espécie de charrete onde os clientes se sentam. A charrete é super confortável e o menino cobra menos que um táxi. A empresa passa a se chamar “Handicar”.

Numa reunião entre as pessoas “prejudicadas” pelo novo serviço, como vendedores de carro e taxistas, eles começam a debater sobre como acabar com o Handicar, e as soluções escolhidas são a agressão ao menino, uso da prefeitura e até da polícia. Quando alguém sugere que na verdade eles deveriam melhorar seus serviços e barateá-los para vencer a concorrência, o dono dessa ideia é declarado como mentalmente incapacitado. A história prossegue e termina com o menino enriquecendo com a venda da empresa.

Essa história exagerada tem um fundo de verdade. É exatamente o que ocorre hoje com aplicativos de carona paga, como o Uber, que são perseguidos por sindicatos de taxistas e governos municipais, interessados em manter um sistema de táxi oligopolizado nas mãos de cooperativas e políticos, pouco preocupados com a excelência do serviço prestado e mantendo tarifas artificialmente altas.

E enquanto o Governo mantém o sistema de serviços de transporte altamente estatizado, com preços regulados para cima em prol de apaniguados, sejam táxis ou empresas de ônibus, empreendedores livres são impedidos de entrar nesse mercado com preços baixos e maior conforto. A população, confusa, não entende que o problema não está em “vinte centavos” a mais de preço, mas na impossibilidade de um novo competidor poder entrar no mercado oferecendo o serviço por vinte centavos a menos. Paradoxalmente, os protestantes dos vinte centavos são os primeiros a defenderem o sistema que permite ao Estado estipular preços de mercado.

Einstein uma vez disse que loucura é insistir numa mesma ação esperando resultados diferentes. Nesse caso, insistir em um sistema estatal de controle do transporte é uma demonstração cabal de loucura.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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