Punição a dirigentes
ARTHUR CHAGAS DINIZ *
A possível punição de dirigentes esportivos que tenham contraído dívidas temerárias na condução de federações e confederações é um passo importante para a moralização esportiva no Brasil. Até a recente aprovação da nova legislação, dirigentes esportivos não corriam qualquer risco patrimonial derivado de atividade de chefia de federações e confederações.
O caso da CBF é mais do que emblemático. Presidida durante anos por João Havelange, hábil manipulador de dirigentes de federações locais, passou Havelange o comando a seu então genro, Ricardo Teixeira, que se enriqueceu e mudou-se para Miami para, aparentemente, “curtir a vida”.
Embora os dirigentes quase nunca sejam remunerados, seus patrimônios pessoais (ou familiares) se revelam, posteriormente, incompatíveis com as receitas declaradas. A punição a esses dirigentes certamente estimulará a entrada de gestores profissionais no setor.
* VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
Leia no Estadão: Senado aprova punição a cartolas que deixam dívidas. Estadão / Esportes