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O uso da razão e o uso da força

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O mundo se divide em duas turmas: os que usam a razão e os que usam a força. Todo o resto vem dessa divisão insuperável.

A convivência pacífica entre esses dois polos é impossível, porque, quando o grupo que usa a razão propõe ao grupo que usa a força que use a razão, também não há a possibilidade de isso acontecer, dado que o uso da razão é resultado de um processo evolutivo que nem todos têm condições de compreender exatamente, já que, para isso, o uso da razão é necessário.

A condição para a superação de uma barreira cognitiva implica a existência anterior dessa condição, o que cria o que os americanos chamam de “conundrum” ou, na gíria, “catch 22”.

O uso da força é um recurso primitivo que quem usa a razão domina e, dada a capacidade cognitiva superior que tem, sempre irá superar o grupo que, por definição, só tem o recurso primitivo, o uso da força, como opção, uma vez que o uso da razão não está ao seu alcance.

Quem usa a razão cria e constrói; quem usa a força não cria nada, apenas destrói.

Nas sociedades que elegem a razão como meio de interação interpessoal, o “qui pro quo” da vida funciona assim: a razão atrai a razão, que cria valor gerando mútuo benefício, numa espiral crescente e positiva que leva os indivíduos a florescerem e prosperarem na medida do seu mérito de acordo com sua capacidade produtiva, sua autoestima e sua ética racional.

Nas sociedades que elegem a força como meio de interação interpessoal, não existe “qui pro quo”, não existe troca, existe apenas a destruição de valor ou, no máximo, uma troca de soma zero.

Paz entre esses dois grupos só é possível mediante três condições: o desarmamento de quem não consegue usar a razão, a eliminação de quem impede que o uso da razão prospere no seu seio e a reprogramação cognitiva da geração jovem para que o uso da razão seja possível.

Sociedades que são educadas para a obediência servil e o cumprimento do dever, sempre definido por quem monopoliza a coerção, pela coerção, são escravas de uma espiral descendente que nada constrói e leva à autodestruição. A autodestruição é acelerada quando o grupo que usa a força vence a batalha contra quem usa a razão.

A história fala da ascensão e queda de civilizações perante a barbárie. Isso sempre ocorre quando quem usa a razão se torna leniente e acha que com bárbaros é possível o mútuo entendimento. Não é. Para haver mútuo entendimento, ambos precisam usar a razão, mas esse processo não faz parte da mentalidade bárbara.

Num conflito entre racionais e bárbaros, a única linguagem possível é a da força, e os racionais só podem encontrar a paz através da vitória, da destruição da capacidade do inimigo de usar a força, da capitulação e rendição incondicional, da libertação das mentes submetidas ao dever imperial e à obediência servil.

Israel, se quiser paz, tem que ir adiante até vencer seus inimigos irracionais, resolvendo assim o “conundrum“, o “catch-22”, missão impossível para quem não usa a razão.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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