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Crescimento: barulho sedutor versus silêncio eficaz

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O ser humano, naturalmente, tem forte aversão a algum tipo de perda, e, quando esse sentimento emerge, nosso aparato psicológico-cognitivo reage com base nas emoções, tentando evitar tal sentimento. Este é o pano de fundo ideal para políticos populistas de plantão, “especialistas econômicos”, e a mídia despreparada e enviesada sugerirem a entrada triunfal do governo na economia e na vida dos cidadãos.

A receita do fracasso conhecemos: intervencionismo econômico, mais regulação e burocracia. Crescimento econômico não aterrissa em terra firme por meio de bondade governamental, de decretos e do intervencionismo do Estado. Crescimento e prosperidade acontecem, silenciosamente, na diária labuta dos criadores de riqueza – pessoas e empresas – nos mercados, num contexto de longo tempo.

Infelizmente, a época e os incentivos estão formatados para o gozo imediato, mesmo que com isso se hipoteque o futuro da nação. Nesse país da inversão, nativos, na sua grande maioria, incautos, apostam nas falácias e mentiras de impostores que prometem o impossível paraíso terreno, no curto prazo.

Crescimento econômico e prosperidade são erigidos nos mercados, livres, via liberdades individuais e econômicas que conduzem á geração de conhecimentos, que produzem inovações, ou seja, soluções para a vida de clientes e consumidores, e que são a alavanca “mágica” para o crescimento econômico. Não se dá à luz à inovação por um desígnio governamental! É, de certa maneira, um processo imprevisível, isto é, uma espécie de surpresa agradável.

Tal surpresa agradável, desenvolve-se e é parida pela disseminação do conhecimento, através do tecido econômico e social. Esse processo espontâneo de inovação é interrompido sempre e toda vez que o onipotente Estado expande suas garras e unhas sobre a vida dos indivíduos, ainda que seu apelo seja bondoso e sedutor, prenunciando solucionar os problemas das pessoas e das empresas.

O bastardo, solucionador curto-praxista, por meio de seus longos braços e pernas, intervém, e o intervencionismo estatal é, inegavelmente, um dos principais cânceres nacionais. O mundo não funciona de acordo com às vontades de burocratas “salvadores da pátria” – desprovidos de real conhecimento e experiências pragmáticas e relevantes nos mercados -; o funcionamento da vida e da economia é complexo, penoso e custoso.

Porém, nesse país do “resto de cultura e de conhecimentos”, o povaréu é insuflado a crer em magia, em ilusionismos e, marcadamente, no impossível. Os malandros – e muitos malvados – políticos tupiniquins sabem muito bem disso. Esses operam dentro de um sistema de incentivos de curto prazo, manobrando assim com políticas públicas populistas e bondosas, que aparentam ser eficazes para a solução de problemas populares e que, reiterada e comprovadamente, não funcionam, além de que esses “politiqueiros” não arcam com as consequências desastrosas de suas esdrúxulas políticas.

O povaréu se agarra na esperança do pensamento mágico, no gozo imediatista, fartamente fomentado pelos incentivos institucionais invertidos e pela grande pequena mídia. Inexistem mágica e doçura eternas. Desafortunadamente, as virtuosas relações colaborativas e voluntárias nos mercados são extremamente profundas e complexas para serem vistas a olhos nus! Essas são direcionadas por meio do mecanismo de preços, e são elas que criam a verdadeira riqueza para a sociedade.

Essas não são glamourosas, tampouco são anunciadas em tom solene, embora, muitas vezes, maltratadas por um português de péssima qualidade. Essas acontecem silenciosamente, entre pessoas e empresas, criando riqueza e crescimento econômico sustentável.

Não há uma brecha de dúvida: são os agentes econômicos, nos mercados, tomando decisões orientadas pelo longo prazo, sobre investimentos, sobre estratégias empresariais, sobre tempo de maturação de inovações, entre outras, de forma silente e não alardeada, aqueles que conduzem ao genuíno desenvolvimento econômico e social. Não, não é a “mão caridosa” do “pai dos descamisados”, numa perspectiva curto-praxista, intervindo nos mercados, nefastamente, que balança o berço e acalma os desesperados. Esta, de fato, traz consigo a agonia geral no longo prazo.

O redentor crescimento econômico e social acontece silenciosamente, na grande maioria das vezes, imperceptível pela sua complexidade, através das liberdades individuais e econômicas nos mercados, por meio do conhecimento acumulado, que gera as essenciais inovações, fomentando crescimento econômico e social sustentável. Os prazeres no curto prazo, nesse contexto, sempre trarão desprazeres e sofrimento no longo prazo.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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