Oportunidades são corolários da liberdade e não da igualdade
Num debate na televisão, me deparei com um sindicalista apaixonado que bradava incoerentemente que não era livre o sujeito que não podia pagar uma passagem de ônibus para ir da vila até a cidade.
A incoerência era evidente, porque ao mesmo tempo em que clamava por igualdade de oportunidades criticava a modernidade dizendo que os trabalhadores eram explorados, mesmo sabendo que foi a revolução industrial que propiciou as inovações, invenções e inversões que proporcionaram riqueza suficiente para que os mais miseráveis superassem a extrema pobreza.
Só não vê quem não quer, oportunidades são corolários da liberdade e não da igualdade. Se a igualdade não for entendida como isonomia perante a lei, só pode ser compreendida como o estado de mediocridade que gera ainda mais pobreza para aqueles que não tem a iniciativa e a destreza para criar riqueza a partir do seu próprio esforço e talento.
Liberdade das exigências da vida não é causa, é consequência da existência de instituições que garantes que cada indivíduo possa buscar a sua felicidade agindo como bem entender para constituir propriedades e satisfazer propósitos de vida determinados por ele próprio.
Não existe mágica. Ninguém adquire o poder de se transportar do ponto A para o ponto B sem criar valor equivalente para adquirir a passagem do ônibus ou do trem que o levará aonde ele quiser chegar. Liberdade para se locomover todos têm, basta saber fazer dinheiro para se transformar de um ser inerte em um independente passageiro.