JOÃO LUIZ MAUAD*

Varsóvia – O Tufão Haiyan, que matou milhares de pessoas nas Filipinas, é “uma realidade que obriga a refletir” sobre os efeitos das alterações climáticas, disse, hoje (11), a responsável da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Clima, Christiana Figueres, na abertura da Conferência de Varsóvia, capital polonesa.

“O que acontece aqui, neste estádio, não é um jogo. Não há duas equipes, mas toda a humanidade. Não há vencedores nem vencidos, todos vamos vencer ou ser vencidos consoante com o futuro que construirmos”, ressaltou Figueres na abertura da Conferência Mundial sobre Alterações climáticas.

Depois da devastação causada pelo Tufão Haiyan, era inevitável que os arautos do apocalipse das “mudanças climáticas” começassem a explorar a tragédia com fins políticos, ressuscitando o argumento injustificável de que o aquecimento global é o culpado por tais eventos, juntamente com a alegação moralmente irresponsável de que ajudaremos a evitar desastres futuros reduzindo as emissões de CO2.

De fato, o histórico de tufões e furacões devastadores vem de muito antes do aumento das emissões de CO2 e da respectiva concentração desse gás na atmosfera, como bem demonstra o quadro disponível neste link.  Aliás, aqueles que gostam de atribuir todo e qualquer desastre natural contemporâneo às famigeradas mudanças climáticas, deveriam dar uma olhada também neste link, que traz uma extensa lista de desastres ocorridos quando as concentrações de CO2 na atmosfera eram muito menores que as atuais.

Como bem colocou Bjorn Lomborg, por ocasião do Furacão Sandy, ano passado, em Nova York, quando foram feitas alegações similares, “é insidioso alegar que o aquecimento global tenha causado toda aquela destruição”.

Em resumo, conforme já tive ocasião de comentar, aqui mesmo neste espaço, fenômenos meteorológicos e climáticos são duas coisas diferentes.