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O Publicano

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“Eu sou a favor de cortar impostos em qualquer circunstância e por qualquer desculpa, por qualquer motivo, sempre que possível. … o grande problema não são os impostos, o grande problema é o gasto. Acredito que nosso governo é muito grande e intrusivo, que não razoável darmos cerca de 40% do nosso rendimento para o governo gastar… Como podemos reduzir o tamanho do governo? Eu acredito que há apenas um caminho, o mesmo que os pais responsáveis usam para controlar as crianças perdulárias: cortar a sua mesada. Para o governo, isso significa o corte de impostos”.  Milton Friedman

A performance de Joaquim Levy no ministério da fazenda seria capaz de envergonhar a maioria dos Scholars da Universidade de Chicago, onde o indigitado cursou a sua pós graduação em economia.  Considerada um centro avançado de difusão do liberalismo econômico e, principalmente, do livre mercado, as lições econômicas ouvidas e estudadas por Levy em Chicago vão certamente no sentido diametralmente oposto ao da maioria das desastradas medidas até aqui propostas por ele.

Quando assumiu o posto de ministro, Levy chegou a ser apelidado pela imprensa de “Joaquim Mãos de Tesoura”, pois acreditava-se que o ajuste fiscal seria feito através de cortes de despesas, e não via aumento de impostos, até porque existia quase um consenso no país de que a carga tributária tupiniquim já se encontrava muito além do razoável.  Mas, contra todas as expectativas, as “mãos de tesoura” revelaram-se apenas mais uma fraude petista, e Levy, contrariando os princípios da Escola de Chicago, optou por ser “Joaquim, o Publicano”.

O jornal O Globo publicou nesta sexta-feira uma matéria em que mostra que dois terços do ajuste fiscal proposto até agora por Levy são baseados em aumento de impostos, e somente um terço em cortes de gastos.  Segundo o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas, as principais medidas para aumentar tributos somam até agora R$ 31,5 bilhões, enquanto os cortes de gastos devem gerar economia de apenas R$ 19 bilhões neste ano.

Como se pode ver, infelizmente para o país, Levy enveredou pelo caminho mais fácil e optou por aumentar mais ainda os impostos sobre os ombros da já combalida sociedade brasileira, dando razão, mais uma vez, ao mestre Friedman, que disse certa vez, com muita propriedade: “a solução do governo para um problema é geralmente tão ruim quanto o problema, e muitas vezes torna o problema mais grave”.

De fato, a solução de curto prazo encontrada por Levy terá efeitos devastadores sobre a economia no longo prazo, afinal, como ensinou Ronald Reagan, o aumento na arrecadação de impostos sempre acabará gerando novas despesas, alimentando um círculo vicioso que levará o país à ruína.

Minha esperança é que, como Zaqueu, Levy se arrependa enquanto há tempo…

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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