O acordo com o Irã
Irã e potências mundiais debatem acordo nuclear em Genebra
As potências mundiais estão reunidas para chegar a um acordo provisório com o Irã para limitar seu programa nuclear, no segundo dia de conversações em Genebra.
O Irã falou de “questões sérias” que precisam ser resolvidas, enquanto um diplomata ocidental mencionou “lacunas consideráveis”.
O acordo pode prever a restrição do enriquecimento de urânio iraniano, com a suspensão de algumas sanções.
Entretanto, os políticos norte-americanos disseram que avançarão com um projeto de lei propondo mais sanções contra o Irã no próximo mês, se as negociações falharem.
O líder da maioria no Senado americano, Harry Reid, disse que apoiaria “ampliar o âmbito” das atuais sanções sobre o petróleo e o comércio.
Tanto os Democratas quanto os congressistas Republicanos dizem que a ameaça de mais sanções irá reforçar a posição negociadora das potências mundiais.
O Presidente Barack Obama exortou o Congresso, mais cedo, a não avançarem com o projeto de lei enquanto as negociações estiverem ocorrendo.
O Irã insiste que seu programa nuclear é para fins pacíficos, mas algumas potências mundiais suspeitam de que está tentando obter armas nucleares.
As negociações em Genebra, que estão programadas para serem concluídas nesta sexta-feira, envolvem o Irã e os representantes do chamado P5 +1 – EUA, Reino Unido, França, China e Rússia, além da Alemanha.
Informações sobre o encontro sugerem que as conversas poderão entrar pelo fim-de-semana, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, poderá participar mais adiante.
A chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, está liderando as negociações pelas potências mundiais, e é previsto continuar as reuniões com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif nesta sexta-feira.
__ BBC News
Exército israelense divulga mensagem sobre negociações nucleares com o Irã
O primeiro-ministro israelense Netanyahu se opõe ferozmente a um acordo com o Irã, mas o exército israelense interpreta de modo mais positivo um possível acordo para assegurar a estabilidade na região. Enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu continua sua ofensiva diplomática contra o que ele chama de um compromisso “perigoso” sobre o programa nuclear do Irã, a inteligência militar de Israel parece aberta a um acordo, até mesmo que afrouxe as sanções ocidentais contra o Irã apoiadas por Netanyahu.
De acordo com informação não confidencial divulgada por oficial israelense, a inteligência militar está atenta para as implicações de um possível acordo entre o Irã e o P5 +1 (EUA , Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha) que daria apoio ao Presidente Hassan Rouhani, cuja surpreendente vitória em junho pareceu prenunciar uma mudança política no Irã – embora ele seja contra extremistas que se opõem a um acordo.
Em entrevista a jornalistas estrangeiros, que cobriam uma ampla gama de pontos cruciais do Oriente Médio, o oficial de inteligência disse que o Irã é um dos vários países que podem reverter o distúrbio generalizado em toda a região.
“Nós vemos uma pequena possibilidade, embora seja bastante problemática, de mais … estabilidade”, disse o oficial, que falou sob a condição de anonimato. Mas isso depende do sucesso das negociações “sobre o projeto nuclear, mas mais do que isso, sobre a redução das sanções sobre a economia iraniana”, disse ele.
__ CSMonitor