Até alguns anos atrás, os problemas do Brasil remetiam a corrupção e a incompetência do Estado, sistemática e historicamente usado para beneficiar políticos e seus amigos. O fim da ditadura brasileira e o desmoronamento do império comunista soviético nos oferecia um horizonte promissor, no qual liberdades individuais seriam cada vez mais valorizadas e o capitalismo continuaria se aperfeiçoando, levando prosperidade para cada vez mais pessoas e sociedades.

Em menos de trinta anos, substituímos o sistema analógico pelo eletrônico, depois pelo digital e agora pelo virtual, o que possibilitou pessoas se comunicarem muito melhor, trocando muito mais informações, desenvolvendo novas formas de interação e de integração, eliminando fronteiras políticas e derrubando barreiras culturais.

O leste europeu se reconstruiu e a União Europeia se formalizou. O Brasil venceu a inflação, estabilizou a moeda e reestruturou o Estado,porém, o mesmo arco-íris que marcava o horizonte nos cegava para as antigas ameaças ideológicas que, apesar do desmoronamento de seus castelos, estavam não apenas vivas, mas se reorganizando.

Os discípulos de Rousseau, de Lenin e de Gramsci vêm há trinta anos galgando novos espaços políticos em todos os cantos do mundo inserindo o sentimento de culpa e o nacionalismo em algumas sociedades e a revolta racial e de classe noutras. Vestindo ternos em vez de uniformes, entenderam que deveriam corromper o capitalismo em vez de tentar anulá-lo, transformando o inimigo de outros tempos em seu principal financiador, preservando o mesmo e essencial objetivo: fazer todos trabalharem inquestionavelmente para eles, líderes socialistas.

Infiltrando-se nas escolas, nas universidades, na imprensa, na justiça e na cultura, conseguiram fazer com que a sociedade se tornasse tolerante com os intolerantes, sentindo-se culpada pelas agressões que sofre e crente que deve financiar até aqueles que juram sua destruição. O resultado: Uma dúzia de ditaduras mantidas pela complacência internacional a despeito da pobreza e dos abusos de poder que seus cidadãos sofrem.

A Rússia é controlada por um ex-agente da KGB soviética, totalitário, racista e sectário, que coage tanto suas ex-repúblicas quanto a Europa; a Venezuela, que já foi uma das democracias mais estáveis do mundo, foi transformada numa nova Cuba; a Argentina, que já foi o país mais desenvolvido da América Latina, está sendo transformado numa Venezuela; o Brasil, o “país do futuro” presidido por uma ex-guerrilheira comunista, galopa em direção ao passado.

Depois de tudo o que o Brasil já passou é dolorido ver uma ditadura sendo costurada na cara de todos, com o dinheiro de todos, a despeito dos exemplos que a história nos conta.

Os discursos populistas, a incitação ao embate racial, a Copa do Mundo como justificativa para todo tipo de corrupção, a distorção da democracia, o controle da internet, os acordos políticos e comerciais com ditaduras, os Black Blocs, os conselhos populares, as esmolas para os pobres, os créditos viciados para a indústria, as listas de jornalistas que devem ser perseguidos pelos militantes do PT e que avalizam as intimidações cotidianas feitas contra qualquer pessoa que ouse se manifestar contra o governo… Tudo, tudo com o intuito de tornar todos dependentes do Estado, ou seja: dependentesde uma liderança ideológica sobrevivente do desmoronamento do comunismo.

A indicação de Dias Toffoli para Ministro do STF e depois para a presidência do TSE, mesmo tendo como currículo pouco além de sua experiência como advogado do PT, foi uma clara e debochada declaração de intenções deste governo. Assim que assumiu, Dias Toffoli disse que a lei eleitoral deve ser “flexível” eque não haverá testes públicos das urnas eletrônicas. O que mais precisamos ouvir para entender o que está sendo preparado?

Gravem:

Diante de números desfavoráveis, proibirão a divulgação de pesquisas eleitorais.

Caso Dilma se sinta acuada, proibirão debates.

Se precisarem, farão todo tipo de campanha ilegal.

Se a derrota nas urnas continuar apontando no horizonte, cancelarão o pleito ou simplesmente o fraudarão.

Os Black Blocs serão mandados às ruas para intimidar manifestações legítimas.

Movimentos sociais promoverão invasões.

Os “conselhos” serão chamados para avalizar decisões que já estão tomadas há muito tempo: Alterações na Constituição para preservar o PT no governo, com poderes sobre as liberdades individuais, sobre o mercado e sobreo direito de propriedade. Diante do colapso econômico, gritarão mais alto do que nunca que “a culpa é das elites capitalistas”; então os ricos deixarão o Brasil, a classe média se tornará pobre e os pobres se tornarão miseráveis.

Aos inocentes que enxergam beleza nos decretos da Dilma e nas boas intenções do PT, recomendo que estudem como a ditadura na Venezuela foi costurada para ver a terrível semelhança com a que está sendo construída aqui. Aos que acham exagero, lembrem-se que os venezuelanos também não acreditavam que algo assim pudesse acontecer com eles, em pleno século XXI.

Vergonha, muita vergonha em nos verentre tantos avanços científicos,mas ainda preocupados com esse tipo de ameaça.