Muito barulho… por quase nada
ARTHUR CHAGAS DINIZ *

A espionagem internacional, que sempre se acelera à véspera de conflitos, é coisa velha e conhecida. O que é novo é que a prática, universalmente difundida, gere agora indignação de parte de Dilma Rousseff.
Parceiros quase sempre, EUA e Brasil, vez por outra se estranham. Não se sabe, ao certo, se as comunicações interceptadas afetam ou não negociações em curso. É estranho que a companheira Rousseff mande convocar o embaixador norte-americano para dar explicações.
Embora não seja eticamente desejável, reconhece-se que a espionagem antecipa informações e interesses que vão ser objeto de negociação.
Espionagem se combate com a contraespionagem e, não, com indignadas declarações. Na área de negócios, ela é absolutamente indispensável. Na área política, ela esconde interesses econômicos e/ou políticos.
A indignação tem apenas efeitos internos cuja finalidade é objetivamente satanizar os “inimigos”.
* VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL