Livre comércio: importações ajudam a criar empregos nos EUA

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NCPA *

Muitos americanos se apegam à noção de que as exportações são boas para a criação de postos de trabalho enquanto que a importação de bens ameaça os empregos dos trabalhadores do país. No entanto, as importações têm sido associadas a um forte crescimento de empregos e de prosperidade econômica em todos os níveis. É o que afirmam Derek Scissors, pesquisador sênior da Fundação Heritage, Charlotte Espinoza, ex-assistente de pesquisa da Fundação Heritage, e o Embaixador Terry Miller, fellow Mark A. Kolokotrones em Liberdade Econômica da Heritage Foundation.

Considere o seguinte: as importações de roupas e de brinquedos da China, por si só, criam meio milhão de empregos nos EUA. Isto porque, em decorrência delas, as pessoas encontram emprego em áreas como a de construção, transportes, varejo e finanças – empregos que, de outra forma, não existiriam não fossem as mercadorias importadas da China.

Existem alguns equívocos comuns sobre importações e seu efeito sobre empregos nos EUA.

  • Os dados utilizados para medir o comércio dá todo o crédito para o país que cria o produto final, não o de onde ele obteve as peças. Muitos produtos importados começam como propriedade intelectual dos EUA ou componentes de bens que são simplesmente produzidos ou montados em outros locais.
  • Além disso, a concorrência que resulta do comércio com outros países torna os preços das mercadorias mais baixos, aumentando, assim, o consumo americano e ajudando a economia como um todo.
  • Finalmente, o déficit comercial EUA-China, por exemplo, não tem o impacto no emprego que muitos acreditam ter. Como os Estados Unidos e a China não comercializam sozinhos, os empregos iriam para outros países, e não apenas para os Estados Unidos.

Na verdade, há uma correlação positiva entre as importações e o crescimento do emprego dos EUA.

  • Nos últimos 30 anos, do mesmo modo que as importações aumentaram, a taxa de desemprego diminuiu.
  • Em 2010, por exemplo, roupas importadas da China ajudaram a criar 355 mil postos de trabalho.
  • Além disso, brinquedos e artigos esportivos contribuíram para a manutenção de 221 mil postos de trabalho.

Em vista dos fatos, é necessário que os formuladores de políticas públicas ajustem seus paradigmas e se concentrem em um comércio mais livre, em vez de em protecionismo. O Congresso deve reconhecer que as importações sustentam empregos nos EUA e deve passar a aprovar políticas que promovam o livre comércio. Além disso, os formuladores de políticas públicas devem parar de usar o déficit comercial para justificar o efeito do comércio sobre o emprego. Finalmente, se o Congresso quiser aperfeiçoar os dados do comércio em nível técnico, o Departamento de Comércio poderia medir com precisão os componentes utilizados na produção e avaliar os reais benefícios da liberalização do comércio.

*NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS
Texto na íntegra: Derek Scissors, Charlotte Espinoza and Ambassador Terry Miller, “Trade Freedom: How Imports Support U.S. Jobs,” Heritage Foundation, September 12, 2012.
Tradução/adaptação LIGIA FILGUEIRAS

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Fonte da imagem: Wikipedia

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