Levy e o Pacote de maldades!
Nomear Joaquim Levy como Ministro da Fazenda foi uma dentre muitas promessas de campanha que Dilma “cumpriu” às avessas. Bom para o Brasil! Caso houvesse coerência entre o discurso e a prática petistas não demoraria para o país se transformar em mais uma republiqueta bolivariana, que tem absurda dificuldade de compreender o significado das palavras: escassez e liberdade.
O fracasso apelidado de Nova Matriz Econômica mostrou que era hora da política econômica assumir as próprias responsabilidades e deixar de ser um puxadinho do Planalto, lembrada por promover a recessão, alta inflação e por distribuir benesses a alguns setores sem muito critério técnico, em favor dos amiguinhos do rei ou da rainha, melhor dizendo.
Mas Levy é muito mais que um grande estelionato eleitoral.O ortodoxo ex-executivo do Bradesco, exímio conhecedor da máquina pública, ainda representa para alguns a esperança de ser aquele que vai findar o ciclo de irresponsabilidade e falta de transparência nas contas públicas. E, de fato, não deixaria ele seu contra-cheque mensal de mais R$ 200 mil em um grande banco, pelos vencimentos mensais de R$ 26.000 de Ministro se não fosse para fazer um trabalho sério, com independência e que projetasse ainda mais sua credibilidade e carreira.
A tarefa não é das mais fáceis. As contas públicas entregues pelo primeiro governo Dilma são a maior personificação da mentira, com direito a pedaladas, contabilidade criativa e etc. Tudo para esconder uma gestão que arrecada muito, investe pouco e gasta mal.
Pela primeira vez, fechamos o ano em déficit nas contas públicas (2014), foram mais de R$ 3 bi negativos.Só em novembro passado o rombo foi superior a R$ 25 bi, o que fez o governo vergonhosamente alterar a lei de Diretrizes orçamentárias, pois não cumpriria os R$ 167 bi previstos para o superávit primário, nem com a “boiada” das desonerações de R$ 67 Bi do PAC.
Consertar o rombo nas contas públicas e dizer a verdade para a sociedade e para os credores é fundamental. Mas, a quê preço para o contribuinte?
Se foi constatado que as pessoas jurídicas arrecadam 4% e que as demais categorias recolhem entre 7,5% e 27%.Devemos interpretar estes dados corretamente, de forma a compreender que a cobrança já é abusiva e irreal, e que as leis trabalhistas precisam de atualização e é por isso que muitos optam em receber como PJ sem ser empresas de fato, pois o empregador paga menos impostos, o empregado paga menos impostos e, por conseguinte, consumidor paga preços menores.
É sempre válido lembrar que governo não gera riqueza ele apenas extrai, de forma compulsória, de quem as gera e que, portanto, você obrigar a população a pagar ainda mais para colocar as contas em dia é um verdadeiro contrassenso. Ora, não é mais que a obrigação dos gestores públicos fazer o governo caber em suas contas, afinal, é o Estado que serve o cidadão ou é o cidadão que existe para servir o governo?
Enfim, fazer ajuste fiscal com aumento de impostos é uma falta de respeito com todos, inclusive com o próprio Ministro que,com certeza, não aprendeu isso com discípulos do mestre Milton Friedman em Chicago. O Brasil precisa de ajustes e transparência sim, mas sem aumentos. Precisamos de cortes no setor público, de fechar departamentos públicos desnecessários, enxugar cargos, realizar privatizações e findar de uma vez por todas financiamentos irresponsáveis e a quem não precisa, por meio do BNDES.
É triste ver alguém que se dizia a favor dos empreendedores fazer isso.