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4 momentos históricos da Teoria Declinista americana

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Sabemos que grandes acontecimentos econômicos ou políticos tendem a reorganizar as forças dos países ao redor do mundo. Um bom exemplo disso pôde ser percebido com a crise imobiliária americana no ano de 2008. A partir daquele momento, os Estados Unidos, que ostentavam um papel soberano na geopolítica mundial, passaram a dividir protagonismo com o Estado Chinês. Movida por um acelerado crescimento econômico associado à sua grande população, a China elevou sua influência econômica e passou a dominar regiões antes sob completa influência do Estado Americano.
Um dos resultados dessa mudança geopolítica é o surgimento de teorias declinistas, caracterizadas por traçar um futuro em que o chamado “Império Americano” irá sucumbir. Não é difícil encontrarmos projeções que afirmam que a China em pouco tempo será a grande potência mundial em substituição aos Estados Unidos. Dessa maneira, o presente artigo pretende ilustrar outros 4 momentos históricos em que algo semelhante aconteceu.

1. Corrida Espacial – em outubro de 1957, a Rússia lançou o primeiro satélite artificial da Terra. Fruto de uma intensa corrida espacial entre Washington e Moscou, o Sputnik fora lançado de uma base localizada no Cazaquistão e veio a se tornar o primeiro objeto colocado em órbita pela humanidade. Como resultado geopolítico, a Rússia se colocou à frente dos Estados Unidos em meio à Guerra Fria e, como consequência, teorias de que a hegemonia americana estava findando se iniciaram.

2. Guerra do Vietnã – conflito armado que perdurou por cerca de 20 anos nas regiões do Vietnã, Laos e Camboja. Depois de derrotas em batalhas importantes, o governo americano se viu forçado a aprovar uma resolução que deu autorização ao presidente para aumentar a presença militar do país no Vietnã e escalar o conflito. Durante a década de 60, as dificuldades enfrentadas pelo exército americano deixaram claro o poderio das forças combinadas de Rússia, China, Vietnã do Norte e outras nações comunistas. Até que a guerra fosse encerrada, a teoria de declínio da superioridade americana ficou ainda mais forte.

3. O Caso Watergate – já na década de 1970, o escândalo político que condenou 48 pessoas culminou com a renúncia do então presidente americano Richard Nixon. O caso envolvia uma espionagem interna entre os partidos Republicano e Democrata e colocou em xeque a confiabilidade da democracia americana. Mais uma vez, os Estados Unidos se viram frágeis politicamente e, como resultado, uma nova teoria de perda de hegemonia se instaurou no cenário mundial.

4. Milagre Econômico Japonês – com a finalização do cenário pós-guerra, o Japão se viu apoiado pelos Estados Unidos e por uma política governamental intervencionista associada a uma abertura do mercado japonês. Como resultado, houve uma disparada da economia japonesa, que rapidamente se colocou como um dos maiores players econômicos do mundo. A nação nipônica foi por muitas vezes colocada em patamar superior aos Estados Unidos, e, com isso, uma nova teoria de perda hegemônica se formou.

O fim da hegemonia americana já foi anunciado diversas vezes ao longo do último século. Desde o fim da Segunda Guerra mundial, é possível afirmar que pelo menos uma vez por década alguma destas teorias surgiu no cenário geopolítico. Atualmente, temos vivido um cenário semelhante entre EUA e China. Não é possível afirmar se a hegemonia americana irá continuar, mas é possível afirmar que em nenhum momento a democracia liberal fora tão questionada pelo mundo, o que pode tornar a batalha atual mais complexa ao ocidente.

Leonard Batista – Associado III do Instituto Líderes do Amanhã.

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