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A eminência parda brasileira

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Richelieu_Triple_Portrait_of_Cardinal_de_Richelieu_probably_1642_Philippe_de_ChampaigneNa França de Luís XIII, o rei não entendia nem gostava de política. Sendo assim, quem mandava mesmo era o cardeal Richelieu.

Mas alguns historiadores dizem que o mencionado cardeal não dava nem um espirro sem consultar um tal de Père Joseph (Padre José).

Quem foi ele? Um obscuro padreco do baixo clero, a verdadeira eminência parda de Luís XIII!! E no Brasil no século XX?

Dizem que a eminência parda de Lula era o Zé Dirceu, mas só até o momento em que ele não havia sido indiciado como réu do Mensalão.

Quando seu filme queimou, Lula passou a fingir que Zé Dirceu era apenas mais um funcionário de seu governo.

Na realidade, o Zé Dirceu foi o ex-futuro Presidente do Brasil. Este tinha sido o desejo de Lula frustrado pela “inconveniência” do Procurador-Geral da República e pela “petulância” de Joaquim Barbosa enquanto relator do processo.

Não contando mais com seu candidato preferido, Lula foi obrigado a escolher um “poste” para ser eleito, graças ao seu poderoso carisma e sua poderosa verve de Cícero de Garanhuns.

Chegou mesmo ao ponto de dizer para os eleitores: “Se vocês virem o nome da Dilma na telinha, façam de conta que é o meu e apertem a tecla da máquina”.

Não importa Dilma ser disléxica e dar vexames em todos os discursos de improviso, não importa ela não saber administrar nem uma lojinha de souvenirs. Nada disso nem mais alguma outra coisa importam.

O que importa é o pupeteiro que mexe as cordinhas fazendo Dilma entrar em ação. E Lula, fingindo-se de morto, faz Dilma falar, assinar decretos, fazer discursos e tudo o mais.

Anda circulando pela Internet a seguinte piadinha:

“Na Venezuela, quem manda é um morto. Em Cuba, quem manda é um “morto-vivo” [El Coma Andante]. Na Argentina, quem manda é a viúva de um morto e no Brasil quem manda é aquele que se finge de morto”

No entanto, no que se refere ao Brasil, há quem diga que, se no começo foi assim, há tempos que não é mais.

Enchendo-se de gás, Dilma adquiriu vida própria, assim como o homem composto de vários cadáveres pelo Dr. Frankenstein adquiriu vida e acabou ficando conhecido pelo nome de seu criador.

Basta comparar os dois ruins desgovernos de Lula com o péssimo desgoverno da Governanta.

[”Presidenta” não existe em nenhum dicionário, só existe por decreto do Planalto].

Palocci deixou o comando da economia suspeito de corrupção, mas a bem da verdade não deixou a economia sair dos trilhos.

Ele era médico, mas manteve a inflação sob controle e não fez nenhuma extravagância financeira.

Mantega é economista, mas sob seu comando a economia adquiriu graves doenças.

Há momentos em que se tem a impressão de que Dilma resolveu romper as cordinhas que a prendiam ao pupeteiro, adquiriu movimentos próprios e desatou a fazer besteiras por sua conta e risco.

E tanto é assim que ela não experimenta acerbas críticas somente da oposição, mas também de grande parte de seu partido e seus aliados.

Há mesmo no cenário político um novo “queremismo” enfeixado pelo lema: volta Lula, volta!

Apesar desses clamores, Lula já declarou várias vezes que não é candidato em 2014. E acho que, ao menos desta vez, ele não está mentindo.

Afinal de contas, isso seria um sinal de que sua escolhida teria feito um péssimo governo, o que pegaria muito mal para quem a escolheu.

Quanto às desavenças entre o criador e a criada, tanto Lula como Dilma negam haver uma incompatibilidade de estilos de governança.

Mas salta aos olhos que há uma forte incompatibilidade entre ambos.

No entanto, o povo brasileiro continua mesmerizado e confiante no PT. De acordo com as últimas pesquisas, Dilma ganha no primeiro turno. Inacreditável!

Não podemos deixar de levar isso em consideração, mas isso não é motivo para que não votemos num candidato da oposição.

Qual deles? O que, no momento oportuno, tiver mais chances de ganhar a eleição.

IMAGEM: WIKIPÉDIA

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Mario Guerreiro

Mario Guerreiro

Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor do Depto. de Filosofia da UFRJ. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade.

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