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As políticas desastrosas cobrarão seu preço

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Já faz algum tempo que não exponho aqui as minhas opiniões a respeito de dois assuntos da mais alta relevância para todos nós: economia e política. Isso decorre de duas razões, em especial: 1) a minha carga de trabalho atual não me permite aplicar-me à leitura dos fatos correntes como fazia há alguns poucos meses ou anos; 2) objetivando preservar a minha saúde emocional, tenho evitado aprofundar-me em grande parte do que ouço a respeito da condução das políticas econômicas e da teia de trapalhadas jurídicas que movimentam o nosso país. Tudo o que se vê por aqui faz parte de um projeto de destruição de sonhos. Deseja-se destruir as bases sobre as quais são construídos os projetos geradores de riqueza de um país. Empreendedores são desestimulados a investir, afinal, são “convidados” a pagar mais impostos. Em nome da justiça social, fala-se em taxar os mais ricos e ignora-se a lógica econômica que diz que, em caso de aumento de tributos, toda a sociedade será penalizada (ou alguém acha que os empreendedores ficarão inertes diante de um assalto perpetrado pelo governo? Não farão investimentos em países mais seguros? Alguém espera que os empregados de alto padrão, os ricos de quem se deseja mais impostos, não repassarão para seus empregadores parte desta carga tributária? Estes empregadores, por sua vez, não terão menos dinheiro em caixa? E isso não os fará contratarem menos e ofertarem salários ainda menores para os trabalhadores braçais, justamente aqueles a quem se desejava proteger?).

Quanto ao ativismo judicial, há fartos exemplos de como reina no país a insegurança jurídica. Segundo nosso ministro da Justiça, por exemplo, as gravações do dia 08 de janeiro são irrelevantes para as investigações a respeito do vandalismo ocorrido nas sedes dos Três Poderes (e continuamos com o imbróglio da falta do devido processo legal para a necessária individualização de conduta dos indivíduos presentes no ato do fatídico dia 08). Nas palavras do deputado federal Marcel van Hattem: É absurdo que o Ministério da Justiça não tenha preservado todas as imagens referentes aos ataques de 8 de janeiro. A escolha seletiva de apenas algumas câmeras que tiveram seu conteúdo preservado é mais uma prova de que o desgoverno Lula tem muito a esconder, que foi omisso enquanto a Praça dos Três Poderes era destruída”. Este é o país dos absurdos, de fato.

Contribuição Sindical? Temos também. Ou teremos, na verdade. Não importa que o Congresso já tenha derrubado o imposto. O ativismo judicial o trará de volta. Este abacaxi nacional deixou de ser um peso para o trabalhador com a reforma trabalhista aprovada em 2017, na gestão Temer. Sua extinção foi validada pelo STF e contou com o voto de Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, àquele tempo, os sindicatos não deveriam depender de um imposto compulsório (desculpem a tautologia). Nas palavras do supremo: “Não há autonomia, não há a liberdade se os sindicatos continuarem a depender de uma contribuição estatal para sobrevivência. Quanto mais independente economicamente, sem depender do dinheiro público, mais fortes serão, mais representativos serão” (Agência Brasil em reportagem de 2018).

Estamos em 2023. O STF formou maioria (contando com voto do próprio ministro Alexandre de Moraes), até o momento, para a volta do imposto, agora chamado de contribuição assistencial. Um eufemismo que sugere que A e B são coisas distintas.

Não dá, caro leitor! Não há estrutura emocional que suporte tanto descalabro. Um pouco de conhecimento da verdadeira ciência econômica (aquela que Bastiat classificou como sendo algo de conhecimento exclusivo dos bons economistas, cujos pensamentos estão centrados no longo prazo) é suficiente para que saibamos quais serão os resultados de tantos estímulos nefastos. O longo prazo está logo ali, afinal!!!

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Juliano Oliveira

Juliano Oliveira

É administrador de empresas, professor e palestrante. Especialista e mestre em engenharia de produção, é estudioso das teorias sobre liberalismo econômico.

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