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Dividir para conquistar: a estratégia da apropriação cultural

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Gustavo Mendes Ferreira*

Seguindo a estratégia da divisão para artificialmente criar uma luta de classes, os paladinos da justiça social desenvolveram no alto de suas torres de marfim acadêmicas mais um termo para “problematizar”: a apropriação cultural. Mais uma vez somos expostos a um termo, em seu estágio embrionário ainda, como sempre fazem para testar a aceitação da sociedade e em seguida ser tomado como verdade e espalhado por todos aqueles programas de imparcialidade duvidosa da TV e por todos os especialistas da mídia.

A definição do termo segundo seus propagadores é “a adoção indevida de elementos específicos de uma determinada cultura por membros pertencentes a outra”.  Basicamente significa extrair elementos de uma cultura, inseri-los em outra, algo corriqueiro num mundo globalizado e extremamente difícil de ser fiscalizado visto o acúmulo de milênios de interação entre homens.

O interessante aqui é observar o ardil colocado na definição do termo. Quem seria responsável por dizer o que é indevido ou não? Como definir os legítimos donos da cultura visto que a própria definição de cultura costuma ser ponto de debates entre os que estudam o tema, que dirá definir donos. Podemos definir simploriamente o termo cultura como o conjunto de costumes, moral e artes produzidos por um determinado grupo e ainda assim temos uma definição incompleta e capenga devido a amplitude do termo. Se mesmo as culturas mais isoladas absorveram o conteúdo de outras e desenvolveram elementos próprios a partir delas, como podem os progressistas delimitar o que cada um de nós pode ou não fazer através de elementos tão rasos como cor de pele, país de origem, classe social ou até mesmo a origem histórica? Não são eles mesmos que defendem a liberdade de expressão, o multiculturalismo e a não segregação?

A apropriação cultural é somente mais um termo para entregar o poder de discriminação para a esquerda e incentivar a divisão de um país. Certamente serão eles que se colocarão como representantes legítimos das culturas afro, mesmo sem saber que nem na África a cultura é homogênea, sem saber as origens do candomblé, sem saber que a umbanda não é africana e sim brasileira, nascida no berço do espiritismo com elementos do catolicismo e poucos costumes das religiões afro. Serão eles que dirão que brancos não podem usar turbantes ou batas mesmo sem saber que as donzelas no século 14 em plena Europa já utilizavam e que as batas eram uniformes de trabalhadores do campo na mesma época. Tudo o que fazem é justamente pegar elementos visíveis para definir uma cultura e a origem de alguém e as limitam em celeiros. Talvez eu tenha aqui descrito o que é racismo, mas com certeza só existe o racismo quando a vítima é de uma minoria e a esquerda não seria tão hipócrita em utilizar de algo que eles mesmos cansam de proclamar que são contra.

Nós não podemos dar espaço para mais uma frente do marxismo cultural. Não podemos deixar que toda a cultura acumulada, especialmente como o nosso abençoado com a contribuição de homens e mulheres de diferentes origens, seja cercada e colocada em prol de uma ideologia nefasta que só trouxe destruição, pobreza e morte por onde passou. Não devemos dar espaço para que a pílula seja dourada e vendida para a massa assim como foi feito com o politicamente correto, basta somente que não façamos nada para que eles continuem triunfando em forjar uma divisão inexistente no seio de nossa sociedade. A era dos verdadeiros intolerantes deve ter um fim.

 

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