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Quem disse que os empresários devem devolver uma “justa parte” à sociedade?

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João Dória está fazendo um tremendo esforço para recuperar São Paulo. Não há dúvidas de que ele pretende restituir à cidade a dignidade que ela merece ter por ser a cidade que é, uma metrópole cosmopolita, com gente que cria valor produzindo e comerciando o que for necessário para melhorar a vida de todos os que colaboram com esse esforço voluntário de cooperação e trocas.

No entanto, é uma pena que ele recorra ao mesmo discurso e ao mesmo apelo moral daqueles que parece combater, os coletivistas estatistas. Quando Dória se dispõem a convencer empresários a doarem produtos de consumo para os programas sociais da prefeitura de São Paulo, ele tem usado os mesmos argumentos que Barack Obama e outros políticos e apoiadores do Partido Democrata americano sempre usaram, a de que é preciso que os mais ricos devolvam à sociedade a “justa parte” (fair share) daquilo que acumularam ao explorarem o mercado. Cabe aqui algumas perguntas:
– O quê há para ser devolvido? Por acaso, empresários ou profissionais liberais, para acumularem suas fortunas já não entregaram bens e serviços em troca do pagamento que receberam?
– De que maneira exploraram alguém? Por acaso, não foram eles que, usando seus recursos intelectuais ou materiais, forneceram aquilo que a sociedade precisava?

Salvo aqueles que se locupletaram praticando fraudes, exercitando o uso da força ou corrompendo governos, todos os que enriqueceram através da criação de valor, da produção e comércio de bens e serviços, nem exploraram nem se deixaram explorar por ninguém.

Na realidade, o único agente legal que explora a todos é o próprio governo que tira à força sob a promessa de dar algo em troca. Dória é melhor do que os socialistas que o antecederam, ele até pode fomentar a caridade em favor dos mais pobres, mas ele deve usar uma moral que seja mais adequada aos valores e princípios que parece defender. A criação de valor é multifacetada. Para cada bilionário criando riqueza é necessário que haja milhões de pessoas criando riqueza suficiente para adquirir aquilo que os bilionários têm para oferecer.

É a criação de valor através da produção e do comércio de bens e serviços que acaba com a miséria de maneira justa, consistente, constante e auto-sustentável. A caridade pode mitigar eventualmente, mas o que ações como essa que o Dória promove, com os argumentos que ele está utilizando, pretende acabar é com o sentimento de culpa que políticos populistas e moralistas religiosos são hábeis em criar.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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