A inflação dos alimentos já está batendo à porta
WALL STREET JOURNAL*
A economia mundial já está retomando o passo, mas junto com ela também está uma velha inimiga: a inflação. O índice de referência das Nações Unidas alcançou uma alta recorde no mês passado, provocando receio de escassez e aumento nos preços dos alimentos, o que vai atingir mais os países pobres.
Então, por que os Estados Unidos, um dos maiores exportadores mundiais de agricultura, está, cada vez mais, destinando sua plantação de milho para o etanol?
- Em 2001, apenas 7 por cento do milho americano iam para o etanol, ou cerca de 707 milhões de bushels.
- Em 2010, o etanol já ocupava 39,4 por cento, ou quase 5 bilhões de bushels de um total de 12,45 bilhões de bushels da produção americana.
- Agora, 4 em cada 10 fileiras de plantação de milho produzem combustível para os carros ou caminhões americanos, não para alimentar pessoas ou animais.
- Esta tendência é resultado deliberado de políticas criadas para subsidiar o etanol.
E está aumentando, mesmo com toda luta para que a oferta de alimentos no mundo atenda à crescente demanda. Os fazendeiros americanos são responsáveis por 39 por cento da produção mundial de milho e cerca de 16 por cento desta cultura é exportada; assim, os estoques de milho dos EUA podem influenciar o preço mundial. O mercado futuro da Bolsa de Chicago para o milho atingiu, recentemente, altas para 30 meses de US$6.67 por bushel, passando dos US$4 por bushel de um ano atrás, segundo o Wall Street Journal.
Fonte: “Amber Waves of Ethanol,” Wall Street Journal, January 22, 2011.
* Texto condensado pelo National Center for Policy Analysis – NCPA, organização com base em Dallas, Texas, EUA, voltada para o estudo de problemas econômico-sociais e a busca de soluções que ofereçam alternativas privadas e de economia de mercado para a regulamentação e o controle do governo. Não tem fins lucrativos nem vínculo político-partidário.
TRADUÇÃO: LIGIA FILGUEIRAS