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Trigésimo sexto mês do NFL: Raymond Aron

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Instituto Liberal, o Instituto Liberal do Nordeste e a Sociedade Tocqueville, em parceria, utilizando as ferramentas que as redes sociais nos proporcionam, organizam reuniões virtuais, integralmente abertas ao público, para debater textos dos mais importantes autores nacionais e internacionais dentro do espectro liberal. O nome do projeto é “Núcleo de Formação Liberal” (NFL).

A intenção do projeto é que os debates e reflexões se concentrem o mais exclusivamente possível na obra dos autores, para qualificar a formação do pensamento de nossos ativistas e lideranças nos diversos setores da sociedade. Todas as reuniões são baseadas em trechos ou capítulos de obras, previamente divulgados. Um ou dois relatores se encarregam de fazer uma explanação a respeito dos trechos selecionados, seguida de um debate com apontamentos dos representantes dos institutos responsáveis pela iniciativa e a participação do público.

Depois de Friedrich Hayek, Joaquim Nabuco, Edmund Burke, Roberto Campos, Ludwig von Mises, José Guilherme Merquior e Thomas Sowell (ao longo de 2020), além de um encontro de revisão em janeiro, estudamos em 2021 Ayn Rand, Antonio Paim, Murray Rothbard, Ubiratan Borges de Macedo, José Ortega y Gasset, José Osvaldo de Meira Penna, John Stuart Mill, Tavares Bastos, Milton Friedman e Rui Barbosa. Em 2022, foram abordados John Locke, Visconde do Uruguai, Adam Smith, Frei Caneca, Alexis de Tocqueville, Miguel Reale, Henry David Thoreau, a presença do liberalismo na Independência do Brasil e Hans-Hermann Hoppe e Eugênio Gudin. Iniciando a quarta temporada em 2023, estudamos os livros “Evolução Histórica do Liberalismo” e “História do Liberalismo Brasileiro”, os temas “Constitucionalismo” e “Positivismo”, Carlos Lacerda, os Fundadores do Instituto Liberal, Frédéric Bastiat e Benjamin Constant. Neste mês de outubro, estudamos a vida e obra do filósofo e sociólogo francês Raymond Aron (1905-1983).

24/10 – Memórias e Paz e Guerra entre as Nações (Raymond Aron) – 19h30

O encontro reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal), Josesito Padilha (Instituto Liberal do Nordeste) e Kátia Magalhães, colunista do Instituto Liberal, que se encarregou da relatoria. Além de traçar um esquema biográfico do ilustre personagem do século XX, a autora enfatizou suas memórias, mescladas com sua análise crítica, como pensador, jornalista e polemista, dos grandes fatos históricos que vivenciou, e seu pensamento acerca das relações internacionais.

Enalteceu-se a adesão fervorosa de Aron ao pensamento liberal-democrático, questionando o fetiche de intelectuais franceses da época, como seu amigo Jean-Paul Sartre, com o comunismo e, especificamente, o Stalinismo. O autor compreendia o Marxismo como um verdadeiro “ópio dos intelectuais”. Também foi enfatizada a autonomia intelectual de Aron, atacado por todos os lados, pelas esquerdas e por setores anticomunistas, abordando-se especificamente as críticas que recebeu por não ter sido tão duro com o regime francês colaboracionista de Vichy.

O clamor de Aron aos europeus para não abandonarem as conquistas de liberdade dos últimos séculos foi pontuado, assim como a demolição aroniana do simbolismo de maio de 1968. A relatora ainda abordou a visão realista do autor de que as nações vivem em uma espécie de “paz bélica”, ou seja, uma relação de estado de natureza hobbesiano que não resvala para o desastre total por conta do receio da catástrofe nuclear, e sua crítica à fé excessiva em soluções supranacionais para os problemas globais.

31/10 – O Liberalismo Francês: a tradição doutrinária e a sua influência no Brasil e O liberalismo de Aron e seus fundamentos em Tocqueville (Ricardo Vélez Rodríguez) – 19h

O segundo e último encontro reuniu Lucas Berlanza (Instituto Liberal), Josesito Padilha (Instituto Liberal do Nordeste) e Ricardo Vélez Rodríguez, também conselheiro do Instituto Liberal, que se encarregou da relatoria. A apresentação destacou a vinculação de Aron à tradição de liberais franceses que remonta aos liberais doutrinários e à obra de Alexis de Tocqueville.

Após ressaltar as semelhanças do autor com seus antecessores, o professor também pontuou seu compromisso com o pensamento liberal-democrático. Elencou sua formação filosófica neokantiana e weberiana, sua crítica ao historicismo – a tese da possibilidade de o conhecimento humano abranger o fim último da História, sua atuação como intelectual engajado por oposição aos teóricos puros, seu repúdio ao comunismo e ao nazismo e a análise sociológica por ele empreendida das ideias de Comte, Marx e Tocqueville, que também foi aventada na fase interativa do encontro anterior.

Explorou-se, por fim, na fase interativa, a dimensão das contribuições de Aron para o liberalismo francês, com ênfase para suas apreciações acerca das relações internacionais, novamente esmiuçadas. Aí também foi destacada a crítica aroniana ao polilogismo, realçando-se a unidade da razão humana.

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