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Um certo dia de ontem

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ganancioAs eleições se aproximam e, novamente, vemos projetado um Brasil cujo futuro esplendoroso chegará pelas mãos de um(a) salvador(a) da pátria. Obras faraônicas serão erguidas, o meio ambiente será totalmente preservado e, claro, a corrupção será debelada. Da pauta de promessas constam ainda saúde, educação e segurança, tudo padrão FIFA. Pagamos há anos as mesmas promessas.

Mas no ano já passado tudo parecia que iria melhorar, milhares de brasileiros foram às ruas exigindo mudanças. As últimas grandes manifestações nacionais haviam ocorrido em um ontem, por minha geração, relembrado através de narradores de um Brasil desbotado.

Em 80 pretendeu-se o retorno à democracia. Em 90, o fim da corrupção e as passeatas do ano passado mostraram que a insatisfação com a política continua. A democracia conquistada não está atendendo aos anseios sociais.

Solicitamos mudanças, mas nossos representantes parecem indicar caminhos anteriormente trilhados. Fazendo um retrospecto, observamos que os políticos são praticamente os mesmos dos anos 80, 90. Foram, é verdade, por vezes substituídos por seus filhos, netos ou simplesmente por um expoente de algum movimento que se integrou a uma agremiação.

Como praticamente não temos quadros e estruturas novos, as mudanças prometidas parecem animar e interessar mais aos desgastados caciques e aos seus reinados do que a nós os representados.

A nós, que não somos os amigos dos reis, cabe apenas sustentar seus funcionários de confiança, seus sindicatos e seus partidos. Podemos, é claro, bradar: vocês não nos representam.

Não representam porque não prestam contas sobre os seus feudos de poder. Sugam compulsoriamente nossos recursos e não precisam nem mesmo dar algo em troca. Seus séquitos, trabalhando ou descansando, financiam seus sonhos de poder, a contribuição sindical é compulsória e o fundo e o horário partidário são tributados da nação para servir à segurança de suas posições e de moeda de troca.

As eleições se aproximam e temos a chance de escolher o prometedor menos pior. A certeza única é a de que teremos de trabalhar ainda mais para sustentar bolsa-família, bolsa-empresário, minha casa minha dívida…. grilhões da mudança que, com esses mesmos representantes, não se concretizará. Vivemos ainda os sonhos de ontem.

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Patricia Bueno

Patricia Bueno

Graduada em Direito e em Publicidade e Propaganda. Especialista em Direito Constitucional e em Direito Civil e mestranda em Direito Político e Econômico.

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