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UJS e a ostensiva defesa da pobreza

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BERNARDO SANTORO*

Recebi nesse fim de semana o novo banner virtual da União da Juventude Socialista (UJS), braço estudantil do PCdoB. Reproduzo aqui para posterior análise:

O panfleto apela para o sentimento mais nobre que existe: o amor. Interessante notar que a ideia de amor ao próximo foi difundida no mundo pelo cristianismo, negado e combatido pelo socialismo.

Mas vamos deixar de lado essa ironia, até porque uma pessoa pode ser extremamente amorosa e caridosa sem ser cristã, assim como um declarado cristão pode ser um grande hipócrita.

Quando se pensa na ideia de amor, subentende-se vários sentimentos análogos, como carinho, caridade, compaixão, felicidade e empatia. De modo geral, quem ama de verdade quer que a pessoa amada seja muito feliz e que alcance todos os seus objetivos na vida, se tornando uma pessoa completa no campo afetivo, material e espiritual (para quem acredita nesse último).

Já o amor da UJS é um amor capenga, que não acredita na satisfação material das pessoas. É um amor com menos consumo, como diz a primeira linha do panfleto.

O consumo voluntário de um bem material, perecível ou não, leva à satisfação e à felicidade da pessoa que pratica esse ato, e certos tipos de consumo, como o de alimentos, vestuário, moradia e educação, são essenciais para a própria manutenção da vida humana.

Portanto, dar um bem material ao próximo para fins de consumo é um ato de amor, ao contrário do que prega a UJS.

Defender que as pessoas devam consumir menos é defender que as pessoas sejam mais pobres. A sociedade de consumo, possibilitada pelo capitalismo, pelo pensamento liberal e pela produção em massa, acabou com a fome e a miséria de um incontável número de pessoas.

Repito, para fins de destaque: defender o fim da sociedade de consumo é defender a pobreza coletiva.

Mesmo a figura da poupança, que é tão cara à economia e essencial para o crescimento econômico, só faz sentido dentro de uma perspectiva de abundância de consumo. Pessoas deixam de consumir no presente, ou seja, poupam, para que essa abstenção seja utilizada no aumento da produtividade de bens, de forma que no futuro as pessoas possam produzir e consumir muito mais.

A poupança, então, é a luta por um consumo abundante e riqueza no tempo futuro.

Já a luta da UJS é a luta pela pobreza presente e futura, sem consumo, sem felicidade e sem liberdade, onde toda a sociedade fica subordinada às migalhas jogadas por governos totalitários, como acontece até hoje em Cuba e Coreia do Norte.

E assim vamos acabar por viver de amor… amor ao “Grande Irmão“.

*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

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